ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Interior

“Ele agiu para se defender”, diz advogado de tatuador que matou colega

Advogado já entrou com recurso na justiça pedindo a soltura do tatuador Washington Vieira Gonçalves

Adriano Fernandes | 28/10/2020 20:45
Advogado Alex Viana de Melo, defensor do tatuador acusado de homicídio. (Foto: Arquivo Pessoal)
Advogado Alex Viana de Melo, defensor do tatuador acusado de homicídio. (Foto: Arquivo Pessoal)

A defesa do tatuador Washington Vieira Gonçalves, de 40 anos, ressalta que o profissional agiu em legitima defesa, durante o desentendimento que terminou com a morte de Antônio Paulo de Andrade Vaz, de 34 anos, na noite do último sábado (24), em Coxim, cidade que fica a 260 quilômetros de Campo Grande.

“Ele agiu para se defender”, esclarece o advogado Alex Viana de Melo. O advogado já entrou com um recurso na justiça pedindo a soltura de Washington do Estabelecimento Penal Masculino de Coxim, onde ele está preso, desde o final de semana.  De acordo Alex Viana o tatuador chegou antes da vítima ao bar onde teve início a confusão.

“O Antônio Paulo se sentou na mesma mesa que ele e começou a brigar, pois não aceitava o Washington falar que pertencia ao mesmo grupo de motoqueiros que ele”, confirma. Para “evitar confusão”, ainda conforme o advogado, o tatuador saiu do estabelecimento e foi para casa. No entanto a vitima e um amigo, de 33 anos, foram até o endereço da Avenida João Feliciano Bezerra, no Bairro Vila Bela, em Coxim.

Local onde ocorreu o crime. (Foto: Maikon Leal / Coxim Agora)
Local onde ocorreu o crime. (Foto: Maikon Leal / Coxim Agora)

“O próprio amigo da vítima diz que Washington saiu do local para evitar confusão. Ele já estava em casa jantando com a mãe dele que é idosa, quando a vítima chegou ao local gritando”, completa. Alex Viana explica que o tatuador saiu da residência e no meio da discussão, levou uma cabeçada e foi prensado na parede pela vítima. O amigo de Antônio ainda teria segurado o tatuador para que ele não retornasse para a residência.

“Foi quando ele se desvencilhou e ocorreram os disparos. Ele agiu para se defender”, ressalta o advogado. Antônio foi morto com cinco tiros. Alex Viana também confirma que o cliente pediu para que o amigo da vítima permanecesse no local até a chegada da Polícia Militar. O tatuador pediu para acionar a polícia e aguardou a chegada dos policiais ao local para explicar o ocorrido e entregar o revólver calibre 38. usado no crime.

Na delegacia, Washington confirmou que a discussão no bar começou porque Antônio dizia que faria parte do grupo e não o aceitava como integrante do Moto Clube denominado Abutres. Washington foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil e por posse ilegal de arma de fogo. Ele passou por audiência de custódia no fim de semana e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Nos siga no Google Notícias