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Interior

Em cinco dias, operação destrói 350 toneladas de maconha na fronteira

Senad do Paraguai estima em 10,5 milhões de dólares o prejuízo aos narcotraficantes

Helio de Freitas, de Dourados | 08/11/2020 14:21
Agentes da Senad recolhem maconha picada que estava secando ao sol em lavoura no Paraguai (Foto: Divulgação)
Agentes da Senad recolhem maconha picada que estava secando ao sol em lavoura no Paraguai (Foto: Divulgação)

Pelo menos 350 toneladas de maconha foram destruídas, com prejuízo aos traficantes estimado em 10,5 milhões de dólares, em cinco dias da Operação Nova Aliança, no Paraguai.

Com apoio de dois helicópteros da Polícia Federal, a operação acontece desde a semana passada nos arredores de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

De acordo com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), que coordena a operação, as incursões aéreas e terrestres localizaram dezenas de parcelas de cultivo da droga no meio da mata e acampamentos usados pelos traficantes para processar a maconha.

Segundo a agência paraguaia, o apoio das aeronaves da Polícia Federal faz parte de um acordo de cooperação entre a Senad e a instituição policial brasileira para divisão da responsabilidade na luta contra o crime na Linha Internacional. Grande parte da maconha produzida em território paraguaio abastece o mercado brasileiro.

Balanço divulgado neste domingo (8) pela Senad revela que foram destruídos 95 hectares de cultivos de maconha e 70 acampamentos narcos, onde a erva é picada para secar ao sol e depois embalada em tabletes através de prensas rústicas de madeira.

Os agentes da Senad também destruíram 67,4 mil quilos de maconha já pronta, encontrada nos acampamentos.

Ninguém foi preso. As operações da agência paraguaia priorizam a destruição das lavouras e dos acampamentos, para causar prejuízo aos traficantes.

A maconha é cultivada por trabalhadores rurais contratados pelos traficantes por salários miseráveis. Há casos até de pessoas que são sequestradas nas cidades da região e forçadas a trabalhar nas roças de maconha. Conforme a Senad, a operação vai continuar por mais alguns dias no Departamento (equivalente a Estado) de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero.

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