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Interior

Empresário confessou ao amigo o assassinato de estudante de Medicina

Testemunhas ouvidas ontem pela polícia confirmaram que crime ocorreu após discussão por causa de bebida

Helio de Freitas, de Dourados | 23/08/2022 10:30
Momento em que policiais cercaram carro de autor de assassinato, ontem em Ponta Porã (Foto: Divulgação)
Momento em que policiais cercaram carro de autor de assassinato, ontem em Ponta Porã (Foto: Divulgação)

O empresário Wellington Machado Ojeda, 24, o “Cobrinha”, contou a um amigo que havia assassinado o estudante de medicina Luiz Fernando Andrade França, 38, no dia 13 deste mês em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.

Dono de empresa de refrigeração de veículos e máquinas agrícolas sediada em Pedro Juan Caballero, Wellington foi preso ontem por policiais da 2ª DP de Ponta Porã e confessou o crime.

Em depoimento ontem (22) ao delegado Rodrigo Inojosa na condição de testemunha, um amigo de Wellington disse que o empresário lhe confessou que tinha matado o estudante de medicina. A testemunha disse à polícia que viu a notícia da morte no outro dia e foi perguntar a Wellington. O empresário confessou que tinha sido ele o autor.

Esse amigo estava com Wellington no bar na noite do dia 12 e presenciou o bate-boca que culminou no assassinato. Uma mulher, outra testemunha da confusão ocorrida no bar, também foi ouvida ontem. Entretanto, eles não são, pelo menos até agora, considerados suspeitos de envolvimento no crime.

Segundo a investigação policial, Wellington Ojeda e o casal de amigos compartilhavam uma mesa com Luiz Fernando, que estava no bar na companhia do irmão médico e de outros dois amigos.

Sobre a mesa grande, havia bebidas dos dois grupos. A confusão começou quando um dos amigos do estudante de medicina pegou, possivelmente por engano, a bebida que pertencia a Wellington.

Após bate-boca e troca de ameaças, Wellington Ojeda deixou o bar, pegou seu carro, um Gol branco, saiu e voltou em seguida. Após entrar e ficar alguns minutos no bar, ele foi para o lado de fora e ficou esperando a saída do grupo de Luiz Fernando.

Wellington seguiu o Palio ocupado pelo estudante de medicina, pelo irmão de Luiz Fernando e por um amigo de ambos até o local do crime, na região do Aeroporto Internacional de Ponta Porã, onde disparou pelo menos oito tiros de pistola 9 milímetros.

Quatro tiros atingiram Luiz Fernando. Natural de Jataí (GO), o estudante de medicina foi socorrido ao hospital de Ponta Porã e no mesmo dia transferido para a Santa Casa de Campo Grande, onde morreu por volta de meia-noite.

O irmão de Luiz Fernando e o amigo deles, médico recém-formado, não foram atingidos pelos tiros, mas a polícia indiciou Wellington Ojeda também por dupla tentativa de homicídio, além do crime de homicídio qualificado.

Por se tratar de crime hediondo, o mandado de prisão temporária de Wellington Ojeda tem validade de 30 dias. Após concluir as investigações, a polícia deve pedir a prisão preventiva do empresário. Ele está preso na 2ª DP de Ponta Porã.

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