Falso técnico de informática extorquia mulheres com fotos íntimas desde 2016
Uma das vítimas era adolescente de 16 anos que vendeu objetos para pagar R$ 1 mil ao homem
Preso preventivamente na 2ª fase da Operação Cyber Fake, deflagrada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) na quinta-feira (21), o falso técnico de informática, que não teve o nome divulgado, extorquia mulheres usando fotos íntimas desde 2016. Uma das vítimas era adolescente de 16 anos que precisou vender objetos para pagar suborno de R$ 1 mil. A ação aconteceu em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.
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Um falso técnico de informática foi preso preventivamente em Itaquiraí (MS) durante a 2ª fase da Operação Cyber Fake. Desde 2016, ele extorquia mulheres usando perfis falsos para obter conteúdos íntimos e, posteriormente, oferecia serviços fraudulentos de "proteção digital" mediante pagamento. Entre as vítimas está uma adolescente de 16 anos, que vendeu pertences para pagar R$ 1 mil ao criminoso, e uma mulher que desembolsou R$ 16,8 mil. O suspeito mantinha um esquema estruturado de golpes, criando perfis falsos e simulando ameaças para, em seguida, apresentar-se como especialista em segurança cibernética.
A investigação revelou que o homem usava perfis falsos para conseguir conteúdos íntimos das vítimas e depois oferecia serviços fraudulentos de “proteção digital” mediante pagamento. Para o golpe, ele seguia um padrão estruturado, fazendo primeiro a conta com nome falso em rede social, simulando ameaças e, em seguida, se apresentando como “especialista em segurança cibernética”.
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Para os serviços de proteção, o homem cobrava valores altos para “remover” os conteúdos das vítimas e “blindar os perfis” contra ataques. No entanto, ele era o autor das ameaças contra as mulheres, mantendo um ciclo de extorsão ativo, mesmo após a contratação da proteção.
No caso mais recente, a vítima pagou ao todo R$ 16,8 mil para o técnico, sendo a maior parte do valor (R$ 13.875,00) para a suposta retirada das imagens íntimas da mulher e o restante para proteção adicional (R$ 750,00) e para o pacote inicial de proteção (R$ 4,8 mil). Porém, ela continuou sendo ameaçada.
Além dela, uma adolescente de 16 anos foi identificada entre as vítimas. A menina precisou vender objetos para pagar R$ 1 mil ao golpista que usava diversos perfis falsos identificados na operação. Entre eles “Roni Godoi”, “thiagooo_coutinho”, “cr.andromeda”, “crr.andromeda”, “Wesley Lopes” e “Gabriel”.
Operação – A ação foi deflagrada pela 1ª Promotoria de Justiça de Itaquiraí em conjunto com a UICC (Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos). Em maio deste ano, as equipes já haviam cumprido dois mandados de busca contra o investigado.
Na quinta-feira foram cumpridas mais duas ordens judiciais para as diligências, além da prisão preventiva para dar seguimento à persecução penal por conta de novas provas que foram obtidas na análise de aparelhos apreendidos na primeira fase da operação.
O homem passou a ser investigado após uma das vítimas procurar a polícia e contar que havia sido abordada por um perfil falso em rede social e então induzida a enviar fotos íntimas. Depois ela começou a ser ameaçada de exposição do material caso não fizesse o que o suspeito quisesse.
Durante as investigações, foi revelada a existência de uma estrutura com diversos perfis falsos, identidades digitais fictícias e táticas de engenharia social para a obtenção das vantagens ilícitas, principalmente com fraudes eletrônicas e extorsão sexual cibernética.
Ajuda - O MPMS (Ministério Público do Mato Grosso do Sul) alerta a população para os riscos de fornecer senhas ou permitir acesso a contas e aparelhos diante de propostas não solicitadas. Denúncias podem ser feitas pela Ouvidoria no site: ouvidoria.mpms.mp.br.
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