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Interior

Filho de candidato diz que queria “lavar a honra” ao atirar em comerciante

Empresário Marcio Adriano Pricinato vai ser processado por tentativa de homicídio

Helio de Freitas, de Dourados | 04/11/2020 16:22
Filho de candidato diz que queria “lavar a honra” ao atirar em comerciante
Projétil amassado sobre mesa de conveniência, onde comerciante foi alvo de atentado (Foto: Arquivo)

Marcio Adriano Pricinato, 42, acusado de atirar em dono de conveniência após discussão política na noite de domingo (1º) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, disse que não tinha intenção de matar, mas apenas “lavar a honra” por ser ofendido e humilhado pela vítima.

O empresário é filho de Paulo Meneguelli Pricinato, o “Paulo do Posto”, dono de rede de postos de combustíveis e candidato a vereador pelo PSB. O pai dele teria sido o pivô da discussão. Uma das empresas da família fica nas proximidades da conveniência onde ocorreu o atentado, no Jardim Água Boa, região sul da cidade.

Em depoimento ao delegado José Carlos Almussa Junior, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Marcio Pricinato disse que após ser ofendido e humilhado pelo comerciante, em “ato impensado”, foi até sua casa, pegou a arma e efetuou os disparos.

Filho de candidato diz que queria “lavar a honra” ao atirar em comerciante
Empresário Marcio Pricinato (Foto: Reprodução/Facebook)

O empresário disse ao delegado que não teve a intenção de matar o dono da conveniência, mas apenas “lavar a honra”, mostrando ao comerciante “com quem estava tratando”.

Apesar de ser conhecido do proprietário e de alguns clientes, Marcio não costumava frequentar a conveniência, que fica em ponto movimentado da Avenida Hayel Bon Faker.

A pistola calibre 380 usada no atentado foi entregue pelo empresário. A arma possui registro, mas foi apreendida para ser periciada.

“O suspeito não soube precisar quantos tiros disparou. Apenas disse que foram vários. Foi requisitada pericia, mas ainda não temos o laudo do local de delito, que poderá materializar melhor”, explicou o delegado.

Segundo a vítima, foram pelo menos dez tiros disparados na direção dele e na parede da conveniência. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar crime de tentativa de homicídio. Após o depoimento, Marcio foi liberado, já que não houve flagrante e não tinha mandado de prisão.

Ao site Dourados News, o advogado de Marcio disse que a intenção da defesa é descaracterizar o crime para disparo em via pública, já que o empresário não tinha intenção de matar o dono da conveniência.

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