Filho de candidato diz que queria “lavar a honra” ao atirar em comerciante
Empresário Marcio Adriano Pricinato vai ser processado por tentativa de homicídio
Marcio Adriano Pricinato, 42, acusado de atirar em dono de conveniência após discussão política na noite de domingo (1º) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, disse que não tinha intenção de matar, mas apenas “lavar a honra” por ser ofendido e humilhado pela vítima.
O empresário é filho de Paulo Meneguelli Pricinato, o “Paulo do Posto”, dono de rede de postos de combustíveis e candidato a vereador pelo PSB. O pai dele teria sido o pivô da discussão. Uma das empresas da família fica nas proximidades da conveniência onde ocorreu o atentado, no Jardim Água Boa, região sul da cidade.
Em depoimento ao delegado José Carlos Almussa Junior, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Marcio Pricinato disse que após ser ofendido e humilhado pelo comerciante, em “ato impensado”, foi até sua casa, pegou a arma e efetuou os disparos.
O empresário disse ao delegado que não teve a intenção de matar o dono da conveniência, mas apenas “lavar a honra”, mostrando ao comerciante “com quem estava tratando”.
Apesar de ser conhecido do proprietário e de alguns clientes, Marcio não costumava frequentar a conveniência, que fica em ponto movimentado da Avenida Hayel Bon Faker.
A pistola calibre 380 usada no atentado foi entregue pelo empresário. A arma possui registro, mas foi apreendida para ser periciada.
“O suspeito não soube precisar quantos tiros disparou. Apenas disse que foram vários. Foi requisitada pericia, mas ainda não temos o laudo do local de delito, que poderá materializar melhor”, explicou o delegado.
Segundo a vítima, foram pelo menos dez tiros disparados na direção dele e na parede da conveniência. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar crime de tentativa de homicídio. Após o depoimento, Marcio foi liberado, já que não houve flagrante e não tinha mandado de prisão.
Ao site Dourados News, o advogado de Marcio disse que a intenção da defesa é descaracterizar o crime para disparo em via pública, já que o empresário não tinha intenção de matar o dono da conveniência.