Fronteira fechada causa crise entre agente da PF e militares paraguaios
Policial teria se negado a entrar no Paraguai e preso foi levado de cadeira de rodas

A fronteira fechada entre Paraguai e Mato Grosso do Sul provocou crise nesta quinta-feira (17) entre um agente da Polícia Federal brasileira e militares paraguaios da FTC (Força-Tarefa Conjunta) na Linha Internacional que separa Pedro Juan Caballero de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.
De acordo com a imprensa paraguaia, o policial brasileiro teria se negado a apresentar o documento de identificação, depois se recusou a entrar em território paraguaio para buscar um criminoso brasileiro que seria entregue à PF após ser expulso pela Justiça do país vizinho.
Ao Campo Grande News, a assessoria de imprensa da Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul informou que a chefia da PF em Ponta Porã apura o caso e por enquanto não vai comentar a situação.
Conforme o jornal ABC Color, a confusão começou quando o agente federal chegou à Linha Internacional para entrar no território paraguaio e se dirigir até o departamento de migrações, onde receberia o brasileiro Renato Ajala Gonçalves, 37, preso no Paraguai desde maio.
O jornal paraguaio afirma que o policial estava sem uniforme e teria se negado a apresentar a identificação ao ser barrado pelos militares que desde março vigiam a fronteira entre as duas cidades.
Depois de esclarecida a situação, o policial teria se negado a entrar em território paraguaio. Agentes da migração tiveram de levar o preso, que é cadeirante, até a linha que separa Pedro Juan Caballero de Ponta Porã. No meio da rua, ele foi entregue aos policiais brasileiros e colocado na viatura da PF.
Segundo a polícia paraguaia, Renato Ajala Gonçalves foi preso no dia 2 de maio no distrito de Sanja Pytã durante operação da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). Ele foi flagrado com uma pistola calibre 380 com 33 munições e com uma pistola e dois rifles de ar comprimido. Como era procurado pela Justiça brasileira, ele foi expulso do país vizinho.
*Matéria alterada às 15h47 para incluir a posição da Polícia Federal