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Interior

Gaeco apreende R$ 7 mil em casa de um dos alvos de operação

A ação investiga esquema de corrupção envolvendo fraude em licitação e sonegação fiscal no município

Viviane Oliveira e Bruna Marques, enviada especial a Sidrolândia | 18/05/2023 11:11
Dinheiro que foi apreendido na operação (Foto: divulgação/Gaeco)
Dinheiro que foi apreendido na operação (Foto: divulgação/Gaeco)

Na casa de Milton Matheus Paiva Matos, de 23 anos, proprietário da empresa 3M produtos e serviços, um dos alvos da operação, foram apreendidos R$ 7 mil em espécie e celulares na Operação Tromper deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta manhã.

A ação investiga esquema de corrupção envolvendo fraude em licitação e sonegação fiscal em Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande.

A 3M funciona no mesmo prédio que a empresa Rocamora, outra prestadora de serviços da administração municipal, também alvo da operação. Indagado, Milton Matheus disse que a polícia está investigando algo que aconteceu na administração passada, quando a empresa ainda não existia. Segundo ele, a prestadora de serviço foi aberta no ano passado. Na 3M, foram apreendidos notebook e papéis.

“Diz que é um mandado de busca e apreensão em segredo de Justiça, ainda não tivemos acesso aos autos para falar sobre qual contrato se trata a investigação”, disse Milton Matheus acompanhado pelo advogado. No total, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. Todos os alvos serão ouvidos no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no município, ainda nesta quinta-feira.

Policiais durante cumprimento de mandado de busca e apreensão (Foto: Marcos Maluf)
Policiais durante cumprimento de mandado de busca e apreensão (Foto: Marcos Maluf)

Segundo o Gaeco, foi apurada a existência de esquema de corrupção na prefeitura, em funcionamento desde 2017, destinado à obtenção de vantagens ilícitas por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica e fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal.

Conforme a investigação, para dar ares de legitimidade aos certames licitatórios e fazer o desvio dos recursos públicos reservados para a execução dos contratos. O grupo criminoso abria empresas ou se aproveitava da existência de cadastramentos para incrementar o objeto social sem que o estabelecimento comercial apresentasse experiência, estrutura ou capacidade técnica para execução do serviço contratado ou fornecimento do material adquirido pelo município.

Segundo apurado pela reportagem, os policiais estão cumprindo mandados de busca e apreensão na casa de servidores da prefeitura. Também há equipe policial em duas empresas, prestadoras de serviços e numa garagem de veículos.

Policial do Gaeco em um das casas alvo da ação (Foto: Marcos Maluf)
Policial do Gaeco em um das casas alvo da ação (Foto: Marcos Maluf)

A reportagem entrou em contato com o ex-prefeito, Marcelo Ascoli, mas a ligação não foi atendida. Mais cedo, a prefeita da cidade, Vanda Camilo (PP), disse que os mandados são cumpridos em casa de servidores que já vêm de várias gestões anteriores. "Estou tranquila, seguindo a rotina normal de trabalho e vamos aguardar o final da operação".

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