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Interior

Garoto com braço quebrado há 3 meses será levado à Santa Casa, diz Sesai

Caroline Maldonado | 03/03/2016 11:01
Garoto está com o braço quebrado há três meses (Foto: Direto das Ruas)
Garoto está com o braço quebrado há três meses (Foto: Direto das Ruas)

Será encaminhado à Santa Casa amanhã (4), o garoto indígena de 12 anos, que está com o braço direito quebrado, há três meses. A informação é do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que se manifestou após reportagem do Campo Grande News sobre a situação do menino, que mora na Aldeia Alves de Barros, em Bodoquena, a 266 quilômetros de Campo Grande.

A matéria foi publicada no sábado (27) e a assessoria de imprensa da Sesai emitiu nota ontem (2) informando que a criança seria levada à Santa Casa de Campo Grande, hoje (3). No entanto, o Dsei informou que a viagem ficou para amanhã (4), pois houve um desencontro entre a equipe do órgão e o garoto, que está no Distrito de Taunay, em Aquidauana. Conforme o coordenador técnico do Dsei, Vanderlei Guenka, o menino estuda nesta outra cidade.

Em nota, a Sesai garante que fez o socorro do garoto no dia do acidente que causou a fratura. Ele foi levado com acompanhante ao Hospital Municipal de Bodoquena, pelo plantão de transporte da Sesai. Porém, após os exames que constataram a fratura, o paciente foi liberado pelo hospital para aguardar vaga na Santa Casa, em Campo Grande. Então, o serviço de transporte da Sesai retornou à aldeia com o paciente e seu responsável.

A Sesai alega que o menino está até então com braço quebrado, porque houve desencontro entre a equipe que faz o transporte e a família do menino, no dia em que surgiu a vaga no hospital. “Em 27 de novembro de 2015, sexta-feira, às 22:12h, foi liberada vaga para Santa Casa em Campo Grande. Mas nem o hospital, nem o Polo-base de Bodoquena, nem o motorista de plantão conseguiu localizar o paciente pelos contatos deixados por ele”, diz a nota.

No dia 4 de dezembro de 2015, o paciente passou por atendimento no hospital de Bodoquena e, conforme a Sesai, o garoto e o responsável foram informados de que deveriam aguardar a liberação da vaga em Bodoquena.

“A mãe do paciente, mesmo informada da necessidade de aguardar a vaga na cidade, decidiu retornar à Aldeia Alves de Barros. Mais uma vez, o serviço de transporte da Sesai levou os indígenas de volta. Durante todo o tempo de espera, o paciente foi medicado com anti-inflamatórios e analgésicos, conforme prescrição médica. A família foi informada de que seria necessária cirurgia e que era preciso aguardar a liberação”, diz a Sesai.

A denúncia sobre o caso do garoto Kadiwéu foi enviada ao Campo Grande News por um leitor, que preferiu não se identificar. As primeiras informações eram de que a família estava em desespero frente a situação e reclamava pelo transporte ao hospital, alegando que não houve desencontro, pois não saiu da aldeia, no dia em que a vaga foi liberada.

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