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Interior

Homem é espancado, morre, população se revolta e põe fogo em delegacia

Liana Feitosa | 13/11/2014 18:22
Comerciante é velado sob tenda vermelha, ao lado - prédio verde - é possível ver posto policial atacado pela população. (Foto: Direto das ruas)
Comerciante é velado sob tenda vermelha, ao lado - prédio verde - é possível ver posto policial atacado pela população. (Foto: Direto das ruas)

Um comerciante de Porto Quijarro, cidade boliviana que faz fronteira com o município sul-mato-grossense de Corumbá, a 419 km de Campo Grande, morreu depois de ter sido espancado por policiais do país vizinho, segundo comerciantes locais. Revoltada com a morte do homem, muito conhecido na região, a população ateou fogo em um posto da Polícia Nacional da Bolívia.

As informações são de um advogado que trabalha na fronteira e de comerciantes da região, que preferiram não serem identificados. Segundo as fontes, o clima é de indignação e tristeza porque, na semana passada, outra comerciante, uma cambista, que trabalhava próxima à rodoviária de Quijarro, também foi morta na fronteira e, até hoje, o crime não foi esclarecido.

No caso mais recente, tudo começou quando o comerciante, vizinho da delegacia estrangeira, foi defender um motociclista que estava apanhando dos agentes bolivianos por ter esbarrado em uma viatura policial. O defensor também apanhou da polícia e ficou preso por três dias. Ontem (13) faleceu, gerando revolta na comunidade.

Pessoas invadiram o prédio policial do país vizinho, imobilizaram três policiais, roubaram as armas do local, libertaram quatro presos e colocaram fogo no espaço. No local funcionava uma promotoria de justiça boliviana e escritórios de forças especiais de luta contra o narcotráfico e o crime.

Prédio da Polícia Nacional Boliviana foi incendiado. (Foto: Direto das ruas)
Prédio da Polícia Nacional Boliviana foi incendiado. (Foto: Direto das ruas)
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