Homem que baleou 2 em festa da Apae alega que agiu no “calor da emoção”
Edson Nascimento afirma que Robson foi responsável pela morte de sua filha em briga de trânsito
Em depoimento à polícia, o ajudante de motorista Edson Nascimento, 46 anos, alegou que agiu no “calor da emoção” ao efetuar disparos de arma de fogo durante a festa junina da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) realizada em Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande, na noite de sábado (7).
RESUMO
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Ajudante de motorista foi preso após efetuar disparos durante festa junina da Apae em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul. Edson Nascimento, de 46 anos, alegou ter agido no "calor da emoção" após ser provocado por Robson Ribas Benitez, com quem tinha desentendimentos anteriores. O conflito entre os dois teria origem em um acidente de trânsito ocorrido em 2023, quando Robson supostamente agrediu Edson e sua filha. A Defensoria Pública solicitou liberdade provisória, enquanto o Ministério Público pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
À delegada Bárbara Fachetti Ribeiro, o homem contou que no dia do crime havia acabado de sair do trabalho e estava indo para sua casa em uma motocicleta, no entanto, decidiu passar na festa que é tradicional na cidade. Ele então chegou no local que fica na Rua Ponta Porã, Bairro Pé de Cedro, por volta das 19h30.
Edson afirmou que estava sozinho e comprou três latas de cerveja que foram consumidas no local. Em certo momento dois rapazes passaram por ele, um deles Robson Ribas Benitez. Segundo o homem, a vítima ficou encarando-o.
No relato, Edson alegou que em 2023 se envolveu em um acidente de trânsito perto do Ginásio Municipal. Naquele dia, ele seguia no carro com sua filha quando foi atingido por outro veículo que seguia com os faróis apagados. O condutor era Robson e um outro rapaz chamado “Caíque”. A dupla desceu do automóvel e passou a agredir o homem e a jovem de 24 anos.
Ainda conforme o ajudante de motorista, ele teve o nariz e ossos do rosto quebrados e sua filha morreu um ano depois porque teve o baço rompido, porém, ele alegou que nada aconteceu e os autos foram arquivados. Robson e ele então passaram a ter um desentendimento.
Por isso, depois de ser encarado pela vítima na festa, decidiu ir embora. No entanto, Robson parou perto dele e ficou fazendo “sinal com a cabeça lhe provocando”. Ele alega que apenas ficou parado até que o rapaz colocou uma das mães em seu peito e lhe deu um empurrão. Edson então foi até o caminhão que usava para trabalhar e pegou o revólver, que ele não sabe de quem é.
De acordo com o homem, ele ficou com medo de ser agredido novamente por Robson, por isso, sacou a arma e atirou, mas não lembra se os disparos foram em direção à vítima e nem quantos foram já que agiu “no calor da emoção”. Em seguida, saiu correndo e foi perseguido pelo outro rapaz e quando foi abordado pelos policiais militares estava “muito apavorado” e se jogou no chão.
Edson foi preso em flagrante e está na delegacia da cidade. A Defensoria Pública já entrou com pedido de liberdade provisória alegando que ele tem residência fixa, emprego lícito e que solto não atrapalhará a instrução criminal. Já o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) representou pela homologação do flagrante e pela conversão em prisão preventiva. Ele ainda não passou por audiência de custódia.
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