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Interior

Importante para a economia local, curtume tem futuro incerto

Thiago de Souza | 23/07/2015 23:46
Com pouca matéria prima, curtume deixa máquinas desligadas. (Foto: Fábio Jorge/Perfil News)
Com pouca matéria prima, curtume deixa máquinas desligadas. (Foto: Fábio Jorge/Perfil News)

Um curtume localizado em Três Lagoas vai retomar as atividades operacionais, mas tem seu futuro incerto devido ao cenário de instabilidade econômica e da concentração de mercado por grandes empresas. Devido às exigências do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), o curtume ficou com as atividades paralisadas por uma ano.

Agora, o problema é outro, segundo o gerente-geral da empresa, Claudemir Rocha Meidas. “Está muito difícil adquirir a matéria-prima no Brasil, já que os maiores frigoríficos, que antes forneciam para a empresa três-lagoense, foram comprados por grupos que monopolizaram o produto e não disponibilizam para o mercado”, reclamou o gerente.

Ainda segundo Meidas, as compras grandes vinham do Nordeste e Pará. “Do frigorífico de Três Lagoas também se obtinha o material. O pouco couro que ainda encontramos nos poucos frigoríficos não monopolizados, não atende à demanda dos curtumes”, explicou Rocha.

Outro motivo que atrapalha a volta do Curtume é a baixa das exportações. China, Estados Unidos e Itália eram os maiores clientes do couro processado em Três Lagoas e, atualmente, refrearam as compras, o que dificulta também a reabertura das atividades. Anualmente, as exportações injetavam R$ 50 milhões por ano na economia local.

O produto “wet blue” era vendido para empresas do setor automobilístico e de estofados. Com pouca oferta e vendas reduzidas, fica impossível a contratação de mão de obra.

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