Justiça mantém preventiva e manda ex-candidato a governador para o presídio
Magno Souza é acusado de estupro; mulher dele aponta retaliação por bloqueio contra marco temporal

A Justiça manteve a prisão preventiva do ex-candidato a governador pelo PCO (Partido da Causa Operária), Magno Souza, 41 anos, réu por estupro de vulnerável. Ele foi detido pela Polícia Militar na manhã de sábado (13) na área de ocupação onde mora, em Dourados, a 251 km de Campo Grande.
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A Justiça manteve a prisão preventiva de Magno Souza, ex-candidato a governador pelo PCO, acusado de estupro de vulnerável. A decisão foi tomada durante audiência de custódia no domingo (14), quando também foi determinada sua transferência para a Penitenciária Estadual de Dourados. Em protesto contra a prisão, indígenas do acampamento liderado por Magno bloquearam o anel viário da cidade. Sua esposa, Nayara Arce da Silva, alega que a detenção seria uma retaliação às manifestações contra o marco temporal, porém o mandado foi expedido em 19 de novembro, antes dos protestos.
Durante audiência de custódia, neste domingo (14), o Juízo de plantão homologou o cumprimento da ordem que havia sido expedida pelo juiz Pedro Henrique Freitas de Paula.
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Além da manutenção do mandado de prisão preventiva (sem prazo definido), o magistrado plantonista determinou a transferência de Magno para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Ainda hoje ele será levado da carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para o presídio.
Neste domingo (14), indígenas do acampamento do qual Magno Souza é uma das principais lideranças, voltaram a bloquear o anel viário, rodovia estadual que corta a região norte do município e passa ao lado da Reserva Indígena e de áreas de retomada.
Nayara Arce da Silva, mulher de Magno, afirmou em vídeo divulgado em rede social que a interdição é uma forma de protesto contra a prisão e também contra propostas do marco temporal – uma aprovada semana passada no Senado e outra em análise no STF (Supremo Tribunal Federal).

Ela também disse que a prisão seria retaliação da Justiça e da polícia pelo bloqueio da rodovia, ocorrido na quinta-feira (11) e mantido até o dia seguinte. “Eu quero a liberdade para ele imediatamente. Levaram ele lá por causa disso”, declarou, ao relacionar a prisão às mobilizações indígenas.
Entretanto, o mandado de prisão foi expedido no dia 19 de novembro e cumprido no momento em que a Polícia Militar averiguava denúncia de um suposto homicídio no acampamento indígena. Durante as buscas, os policiais da 9ª Companhia Independente localizaram Magno e pediram apoio da Força Tática para cumprir a ordem judicial.
Nayara afirmou que é ela quem exerce a liderança na comunidade e que o marido não deveria estar detido. “Quem é o líder sou eu. Eu que cuido da comunidade, 300 famílias eu cuido aqui na retomada. Eu que levanto pela família, pela comunidade, pelas crianças”, declarou.
O bloqueio acontece próximo ao trevo com a Avenida Guaicurus (MS-162), no trecho do anel viário que liga à MS-156. Equipes da Polícia Militar Rodoviária acompanham a situação.
Magno Souza foi candidato a governador em 2022, mas teve a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral por não cumprir a Lei da Ficha Limpa. Ele possuía uma condenação por furto qualificado.
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