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Interior

Marido se emociona e confessa que matou esposa sufocada ao "dar um susto"

Bruno Chaves | 01/07/2014 11:10
Objetos usados nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver foram apreendidos pela polícia (Foto: Site Educadora 91 FM)
Objetos usados nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver foram apreendidos pela polícia (Foto: Site Educadora 91 FM)

A morte de Célia da Silva Mafra, 22 anos, foi esclarecida pela Polícia Civil de Sete Quedas, a 471 quilômetros de Campo Grande. Conforme o delegado Fabrício Dias dos Santos, a diarista foi morta pelo marido Leandro Marques da Silva, 32, que queria “dar um susto” na companheira depois de uma discussão motivada por ciúmes.

O corpo de Célia foi encontrado no último sábado (28) em uma estrada vicinal a cerca de 500 metros da entrada do município. Ela ficou desaparecida por 10 dias. “Depois que o corpo foi encontrado, ele (marido) foi chamado para ser ouvido. Sugerimos que ele nos acompanhasse ao local onde foi achado o corpo. Lá foram feitas perguntas. Ele acabou se emocionando e confessando o crime”, explicou o delegado.

Leandro disse à polícia que não tinha intenção de matar Célia. Na versão do acusado, a mulher foi imobilizada depois de dizer várias ofensas e xingamentos. “Ele contou que apoiou os joelhos nos braços dela e usou um travesseiro para sufocá-la. Ele disse que queria dar um susto, mas acabou matando”, informou o delegado.

Após o crime, veio o desespero. Sem saber o que fazer com o corpo da esposa, Leandro usou uma mala de viagem que tinha em casa para esconder o cadáver. O acusado garantiu que, sem a ajuda de alguém, colocou a mala na motocicleta e despejou o objeto em um matagal de uma estrada vicinal.

Conforme o delegado Fabrício, Leandro tinha muito ciúmes de Célia. “Ele contou que matou a mulher em um momento de nervosismo”, comentou. O casal costumava se desentender com frequência e chegou a se separar por duas vezes, mas a situação nunca chegou ao extremo da agressão. “Para a grande maioria dos amigos, ele não era suspeito”, falou. “Ele tinha histórico de quebrar objetos em casa, mas não de agredir”, emendou.

Depois de esclarecer o caso, o delegado requereu à Justiça a prisão do pedreiro. O pedido foi aceito e a o mandado de prisão foi decretado e cumprido pela Polícia Civil. Leandro está detido na delegacia do município e vai permanecer nessas condições até a conclusão do inquérito. “Temos mais testemunhas para serem ouvida. Quando acabar o prazo da investigação, ele [Leandro] ficará a disposição da Justiça”, concluiu o delegado.

O marido de Célia foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, que prevê pena de 12 a 30 anos de detenção, e ocultação de cadáver, que pode resultar de um a três anos de prisão. Ao todo, Leandro pode ficar em reclusão por até 33 anos.

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