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Interior

Material apreendido vai ajudar a aprofundar investigação, diz delegado

Ação da PF objetiva colher provas de desvio de medicamentos na Prefeitura de Naviraí

Osvaldo Júnior | 24/05/2017 17:59
Agente da Polícia Federal cumprindo mandado de busca e apreensão em farmácia de Caarapó (Foto: Divulgação)
Agente da Polícia Federal cumprindo mandado de busca e apreensão em farmácia de Caarapó (Foto: Divulgação)

O material apreendido nesta quarta-feira (24), durante a segunda fase da Operação Tarja Preta, dará mais robustez às investigações quanto a desvios de medicamentos pela Prefeitura de Naviraí, cidade a 366 quilômetros de Campo Grande.

“Nós vamos analisar todo esse material, que servirá para aprofundar o procedimento”, afirmou o delegado da PF (Polícia Federal) no município, Nilson Zoccarato.

Ele contou que as equipes ainda não retornaram à Naviraí – uma está em Campo Grande e outra, em Caarapó. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do ex-prefeito de Naviraí, Leandro Peres de Matos, o Léo Matos – ele mora, atualmente, na Capital. Léo Matos é investigado por suspeita de desvio de R$ 520 mil em medicamentos.

Em Caarapó, as apreensões foram feitas na Drogaria Mega Farma, da qual Matos foi sócio nesse estabelecimento.

Foram apreendidos, um notebook, um HD, documentos e o celular de Léo Matos na residência dele. Atualmente, o ex-prefeito trabalha como assessor executivo na Secretaria de Governo da Prefeitura da Capital. Quanto à ação em Caarapó, o delegado disse ainda não ter informação sobre o que foi apreendido.

Pelo menos 20 agentes federais e servidores da GCU (Controladoria Geral da União) participam das buscas, acompanhadas também pelo MPF (Ministério Público Federal).

Tarja Preta – A operação foi iniciada em julho do ano passado, quando ocorreu, de acordo com Zoccarato, a maior parte das ações. “Agora, estamos buscando complementar as provas já colhidas na primeira fase”, contou.

As investigações objetivam apurar desvio de medicamentos, adquiridos com dinheiro público, durante a gestão de Léo Matos, de 2013 a 2016.

Outro lado - O ex-prefeito de Naviraí negou, na manhã de hoje, ao Campo Grande News, as denúncias presentes na investigação da PF. “Fizeram essas buscas para levantar provas, mas não vão achar, porque não existe nada errado”, assegurou.

Conforme ele, o notebook apreendido pertence a terceiros. “Levaram meu celular, o HD de jogo do meu filho e documentos que não têm nada a ver com a investigação”, disse.

Léo Matos criticou a operação e se diz confiante que nada será provado contra ele. “Essas operações jogam o nome das pessoas na lama, não provam nada”, opinou.

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