Paraguai ativa 1º delivery na fronteira entre Pedro Juan e Ponta Porã
Governo paraguaio autorizou entrega de produtos entre as duas cidades, mas regra vale apenas para moradores

Já está funcionando a primeira barraca para entrega de mercadorias entre moradores de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e Ponta Porã, cidade sul-mato-grossense a 323 km de Campo Grande. Os pedidos são feitos por telefone e pelo aplicativo WhatsApp.
O delivery na Linha Internacional entre as duas cidades-gêmeas foi autorizado pelo governo do país vizinho como tentativa de reaquecer a economia local, afetada pela pandemia do novo coronavírus.
Com o fechamento da fronteira desde março e quarentena total do comércio até o fim de maio, pelo menos cinco mil trabalhadores perderam emprego em Pedro Juan Caballero e centenas de lojas fecharam as portas.
Instalada por comerciantes locais, a estrutura segue medidas sanitárias para evitar contágio. Militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta), que há quatro meses estão fronteira, vigiam o local de perto.
O porta-voz da FTC na cidade, tenente-coronel Luis Apesteguia, disse que os militares vão permanecer nos pontos de delivery para evitar aglomerações e garantir o cumprimento das normas sanitárias. Segundo ele, a autorização é apenas para entrega de mercadorias e as pessoas continuam impedidas de cruzar a fronteira.
O presidente da Câmara de Comércio, Serviços e Indústria de Pedro Juan, Víctor Hugo Barreto, disse ao Campo Grande News que tantos paraguaios quanto brasileiros podem vender e entregar seus produtos na barraca, instalada em frente ao Shopping West Garden, a poucos metros do centro de Ponta Porã.
“É um intercâmbio de mercadorias. Os brasileiros também podem vender, atender os clientes daqui [Paraguai]. Os moradores de Pedro Juan compram embalagens em Ponta Porã, também compram frutas, verduras”, afirmou.
Segundo ele, o delivery autorizado pelo governo do Paraguai vale apenas para moradores das duas cidades, mas a intenção é ampliar para turistas brasileiros que antes da pandemia iam à fronteira para comprar produtos importados. Entretanto, a ampliação depende de acordo ainda em negociação com o governo brasileiro.
