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Interior

Paraguai quer apoio do STF brasileiro para processar Neneco por tráfico

Extensão da extradição também por narcotráfico evitaria ex-prefeito de ficar livre se for inocentado por homicídio de jornalista paraguaio

Helio de Freitas, de Dourados | 13/03/2017 14:09
Neneco (1º à direita) está preso por homicídio no Paraguai, mas procurador quer processá-lo também por narcotráfico (Foto: ABC Color)
Neneco (1º à direita) está preso por homicídio no Paraguai, mas procurador quer processá-lo também por narcotráfico (Foto: ABC Color)

A Justiça do Paraguai quer apoio do STF (Supremo Tribunal Federal) para processar o ex-prefeito de Ypehjú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos (MS), Vilmar Acosta Marques, o Neneco, por envolvimento com o tráfico internacional de drogas.

Preso em Mato Grosso do Sul em março de 2016 acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Pablo Medina e da acompanhante dele, Antonia Almada, em outubro de 2014, Neneco foi deportado para o Paraguai no final do ano passado, por determinação do STF.

Temendo uma eventual absolvição dele no processo em que é acusado de ser mandante do duplo homicídio – o caso vai a júri popular em data ainda a ser definida – o procurador do departamento de Canindeyú, Vicente Rodriguez Barreto, pediu a extensão da extradição de Neneco para reponder também por tráfico de drogas.

De acordo com o Ministério Público do Paraguai, quando foi morto, Pablo Medina fazia uma série de reportagens ligando Neneco a quadrilhas de traficantes da fronteira com Mato Grosso do Sul. Esse seria o motivo que levou o então prefeito de Ypehjú a mandar executar o repórter do jornal ABC Color.

O pedido de Vicente Barreto foi feito ao o juiz de instrução penal, Carlos Martinez, mas depende de aval do STF para ter validade, já que a Corte máxima do Brasil autorizou a deportação com base no processo por duplo homicídio.

O procurador afirma que existem indícios da ligação de Neneco com uma apreensão de três toneladas de maconha picada apreendida em 2014, na cidade da qual ele era prefeito.

Atualmente, Neneco está no presídio de Tacumbú, em Assunção. No dia 1º deste mês, o juiz da Suprema Corte do Paraguai Carlos Martínez decidiu que o ex-prefeito será submetido a júri popular pelas mortes de Neneco e Antonia.

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