Polícia investiga se adolescente foi morto por desavença na escola
“Não foi meu filho, não foi meu filho”, disse mãe ao assassino
A polícia de Dourados, a 233 km de Campo Grande, investiga se a morte de Rafael Lopes da Rocha, 15, está ligada a uma desavença com um colega de escola por causa de uma menina. A suspeita foi levantada por pessoas que conheciam o rapaz, assassinado com sete tiros de pistola calibre 9 milímetros na noite de ontem (18) no Parque das Nações II, região leste da cidade.
Por enquanto essa é a única suspeita para a motivação do crime, já que Rafael não tinha passagem pela polícia e era considerado um garoto estudioso. Ele também fazia parte do grupo de músicos da igreja que frequentava com a mãe no mesmo bairro onde foi morto.
Por volta de 23h de ontem, Rafael jantava em uma pizzaria na Rua Rosemiro Rodrigues Vieira, após sair da igreja. Ele estava acompanhado da mãe, de dois tios, de uma vizinha e da irmã, de oito anos de idade, que foi ferida na perna por um dos tiros.
Segundo as testemunhas, o atirador, também jovem, chegou e conversou rapidamente com as pessoas na mesa. “Não foi meu filho, não foi meu filho”, teria dito a mãe de Rafael.
O homem sacou a arma e atirou oito vezes na direção do adolescente, que morreu na hora. Os tiros acertaram a cabeça, o peito a barriga e os braços do garoto, que morava no Jardim Canaã 4, bairro vizinho ao local do crime.
Policiais civis da 2ª Delegacia de Polícia e do SIG (Serviço de Investigações Gerais) investigam o crime e procuram pistas do atirador.
Chama a atenção o tipo de arma usada no assassinato, já que pistola 9 milímetros tem grande poder de impacto e é uma das armas curtas mais caras no comércio do Paraguai.
