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Interior

Polícia paraguaia procura brasileiro por atentado a tiros na fronteira

Andres Garcia Petrale, o “Ratinho”, também é implicado em tentativa de resgate de presos, em janeiro

Por Helio de Freitas, de Dourados | 16/07/2025 17:11


RESUMO

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Procurado pela polícia paraguaia, o brasileiro Andrés Garcia Petrale, conhecido como "Ratinho", é suspeito de participar de um atentado a tiros ocorrido em Corpus Christi, no Paraguai, próximo à fronteira com o Brasil. Imagens de câmeras de segurança mostram dois homens armados disparando contra uma residência após derrubarem o portão com uma caminhonete. A polícia identificou Petrale como um dos atiradores. O alvo do ataque, Luis Antonio Villalba Pedroso, saiu ileso. Petrale também é investigado por envolvimento no assassinato de Denis Barrios Valenzuela, ocorrido em janeiro deste ano na mesma região. Ele seria o proprietário da caminhonete usada no crime e na tentativa de resgate de um dos presos. Três pessoas foram detidas pelo assassinato de Valenzuela, incluindo o funcionário de Petrale, Gabriel Recalde. A polícia paraguaia segue com as investigações e busca capturar Andrés Petrale.

A Polícia Nacional do Paraguai está à procura do brasileiro Andrés Garcia Petrale, o “Ratinho”, apontado como um dos autores do atentado a tiros com armas de guerra, ocorrido no dia 10 deste mês em Corpus Christi, povoado localizado a 15 km de Sete Quedas (MS).

Imagens captadas por câmeras de monitoramento mostram o momento em que a caminhonete Toyota Hilux branca acelera de ré para derrubar o portão da casa e dois homens descem do veículo com armas nas mãos (veja o vídeo acima).

Após dispararem dezenas de tiros em direção à residência, os dois homens fugiram. Segundo investigadores paraguaios, as imagens mostram que um deles seria Andrés Petrale. A Hilux, com placa de Campo Grande (MS), foi encontrada abandonada na saída da cidade.

O alvo do atentado foi o paraguaio Luis Antonio Villalba Pedroso, 35, que não sofreu ferimentos. No local, peritos paraguaios recolheram cartuchos deflagrados de fuzis calibres 2,23 e 5,56. “Ratinho” é afilhado de casamento da deputada do Partido Colorado do Paraguai, Cristina Villalba.

Polícia paraguaia procura brasileiro por atentado a tiros na fronteira
Pistolas e munições apreendidas com autores de assassinato, em janeiro (Foto: Divulgação)

Execução – Andrés Garcia Petrale também é implicado no assassinato de Denis Barrios Valenzuela, 24, ocorrido em Corpus Christi em janeiro deste ano, e na tentativa de resgate de um dos autores materiais do crime quando ele já estava detido pela polícia paraguaia.

Segundo a imprensa do Paraguai, uma das caminhonetes usadas pelos pistoleiros que executaram Denis Valenzuela e depois na tentativa de resgate, estava registrada em nome de Andrés Garcia Petrale.

Os três presos pelo assassinato de Velenzuela são os brasileiros Luis Antonio Pedroza de França, 25, o pai dele Washington Luiz de França, 49, e o paraguaio Gabriel Recalde, 28. Segundo fontes da fronteira, na época, Gabriel era funcionário de “Ratinho”.

Relatório do Ministério Público do Paraguai ao qual o Campo Grande News teve acesso revela que os três foram presos com duas pistolas 9 milímetros – mesmo calibre usado na execução de Denis Valenzuela. O trio estava na caminhonete Toyota Fortuner blindada, registrada em nome de Andrés Garcia Petrale. Naquele momento, não havia nenhuma denúncia de roubo ou furto do veículo.

Polícia paraguaia procura brasileiro por atentado a tiros na fronteira
Toyota Fortuner pertencente a brasileiro, apreendida em janeiro após execução (Foto: Divulgação)

Tentativa de resgate – Em depoimento, um policial paraguaio que participou da investigação disse que Gabriel Recalde foi o primeiro a ser preso, na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul.

Quando o suspeito já estava detido na sede da Polícia Nacional em Pindoty Porã (cidade vizinha de Sete Quedas), grupo armado tentou invadir o local para resgatá-lo. Houve troca de tiros e o grupo fugiu.

Com apoio de policiais militares brasileiros, a Polícia Nacional montou cerco na fronteira e após perseguição abordou a Toyota Fortuner ocupada por Washington de França e o filho dele, Luis Antonio.

Os três foram denunciados pelo Ministério Público daquele país como autores da execução de Denis Valenzuela. Eles seguem presos no Paraguai. A denúncia revela que dois veículos foram usados no assassinato de Valenzulea: uma caminhonete preta não identificada e a Toyota Fortuner, que no Brasil é conhecida como SW4.

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