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Interior

Ponta Porã completa 108 anos separada da irmã-gêmea pela pandemia

Município de 92 mil habitantes foi criado em 1912 após emancipação de Bela Vista

Helio de Freitas, de Dourados | 18/07/2020 10:34
Monumento com cuias de chimarrão e tereré na entrada de Ponta Porã (Foto: Marcelino Nunes de Oliveira)
Monumento com cuias de chimarrão e tereré na entrada de Ponta Porã (Foto: Marcelino Nunes de Oliveira)

Princesinha dos Ervais, Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, faz aniversário de 108 anos de emancipação neste sábado (18), mas hoje não tem comemoração. Por causa da pandemia do novo coronavírus, que impõe medidas de isolamento para impedir o contágio, apenas homenagens em redes sociais marcam a data.

Pela primeira vez desde a criação do município, em 18 de julho de 1912, quando foi separada do município de Bela Vista, a cidade de Ponta Porã faz aniversário separada da irmã-gêmea Pedro Juan Caballero.

Há quatro meses a linha internacional entre as duas cidades está fechada pelo governo paraguaio por causa da pandemia. Cerca de arame farpado e barreiras montadas por militares paraguaios impedem a convivência centenária entre moradores dos dois lados da fronteira.

Sem poder inaugurar e lançar obras, o prefeito Hélio Peluffo Filho (PSDB) postou vídeo em sua página no Facebook apresentando balanço das ações realizadas e obras e serviços já assegurados. “Somamos R$ 160 milhões aplicados até agora em obras e serviços”, afirmou.

História – Antes da Guerra travada entre Paraguai e a Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina), a região onde depois surgiram Pedro Juan Caballero quanto de Ponta Porã era deserta, habitada pelos índios guaranis.

Depois, com a expansão da erva-mate, a região virou rota das carretas de boi que levavam o produto até o porto de Concepción, a 220 km da Linha Internacional, para ser exportado para a Argentina. E a principal parada ocorria nas margens da Laguna Punta Porã, atualmente um dos pontos turísticos de Pedro Juan Caballero.

“Muitas pessoas foram atraídas pelas riquezas naturais e uma delas era a erva-mate nativa. Atualmente a economia se diversificou, o que começou com o extrativismo da erva-mate, hoje se desenvolve com a indústria, com o comércio e também com o setor de prestação de serviços que dá um aporte considerável para nossa economia”, disse ao site Ponta Porã News o jornalista e professor de História Nivalcir Pereira de Almeida.

Segundo o historiador, quando foi criado o território de Ponta Porã chegava até o Rio Paraná. “Neste mais de um século de história, Ponta Porã foi diminuindo de tamanho, mas a sua população ao contrário foi crescendo. Agora no ano de 2020 estamos caminhando para cem mil habitantes, população considerável e bastante diversificada”.

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