Presa com veículos de luxo roubados, mulher é suspeita de tráfico
Honda HR-V e Toyota Hilux foram encontrados pela PRF em uma casa no Jardim Ouro Verde; moradora foi presa em flagrante

A polícia de Dourados, a 233 km de Campo Grande, investiga a ligação de uma mulher de 39 anos com o roubo de carros e tráfico de drogas. Roberta Fontana foi presa ontem (30) após policiais rodoviários federais encontrarem na casa dela dois veículos de luxo roubados no Rio de Janeiro, um Honda HR-V cinza e uma caminhonete Toyota Hilux vermelha.
Os policiais da delegacia da PRF em Dourados descobriram os veículos depois de receberem denúncia sobre o suposto “entreposto” de carros roubados na Rua Ponta Grossa, no Jardim Ouro Verde, região oeste da cidade. O Honda HR-V com a placa coberta por um pano chamou a atenção.
Ontem à tarde, os policiais foram até a casa e encontraram os dois veículos. Um dos documentos dos carros entregues por Roberta tinha sido furtado do Detran do Rio de Janeiro e recebeu informações falsas para “esquentar” o veículo ilegal. O outro documento era falso.
O Honda havia sido roubado no Rio no dia 28 de abril de 2016. Já a caminhonete Toyota foi roubada, também na capital fluminense, no dia 30 de junho de 2017.
Levada para a Polícia Civil, ela foi autuada em flagrante por receptação, uso de documento falso e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Roberta alegou que a caminhonete foi deixada em sua casa há pelo menos seis meses pelo ex-noivo, identificado, segundo ela, por Thiago Dutra de Souza. O homem teria alegado que não possuía garagem em casa para guardar o veiculo, deixado no local mesmo após o final do suposto noivado.
Sobre o HR-V, Roberta alegou que há oito meses vendeu o veículo que possuía e comprou o Honda de um garagista de Mundo Novo (MS), conhecido como Diego Cáceres. Na negociação, afirmou ter dado R$ 10 mil de entrada e vinha pagando 12 parcelas mensais de R$ 650, cujos valores eram repassados em espécie.
Ela alegou ainda que no período em que esteve com o veículo, o garagista teria inclusive enviado via Sedex o novo documento de licenciamento, referente ao exercício de 2019. Roberta disse que encobriu a placa do carro com pano após perceber “pessoas estranhas” observando sua casa. A polícia suspeita que os carros seriam usados para transporte de drogas, como é comum na fronteira.