ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUARTA  15    CAMPO GRANDE 15º

Interior

Secretaria de Saúde investiga dois casos suspeitos de febre maculosa

Pacientes com sintomas da doença são um garoto de dois anos e mulher de 23, que estão em tratamento

Helio de Freitas, de Dourados | 26/06/2023 11:04
Espécie de carrapato que transmite febre maculosa (Foto: Divulgação)
Espécie de carrapato que transmite febre maculosa (Foto: Divulgação)

Dois casos suspeitos de febre maculosa estão sendo monitorados pela Secretaria de Saúde em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Uma mulher de 23 anos e um menino, com idade inferior a 3 anos, apresentam sintomas da doença e estão em tratamento domiciliar.

Em nota técnica divulgada nesta segunda-feira (26), a Vigilância Epidemiológica informou que as duas pessoas moram na área urbana da cidade, não são da mesma família e estão sendo monitorados pelas equipes de atenção primária.

“Foram feitos todos os protocolos iniciais de atendimento indicados pelo Ministério da Saúde, como notificação, coleta de sangue e receituário. Apenas a criança ficou dois dias internada na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] por causa do medicamento endovenoso e já está bem”, explicou Emerson Eduardo Correa, gerente da Vigilância Epidemiológica.

Conforme o órgão municipal, em Mato Grosso do Sul, o último caso confirmado foi em 2018, mesmo ano em que Dourados teve dois casos notificados, mas os dois deram negativo.

A nota técnica da Vigilância Epidemiológica informa que a febre maculosa é doença infecciosa causada por bactéria do gênero Rickettsia e transmitida pela picada de carrapato infectado, principalmente pelo “carrapato estrela”. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa.

Como a chance de contato com o carrapato é maior devido à proximidade com animais silvestres, a Vigilância Epidemiológica orienta a manter distância segura dos bichos, principalmente em parques públicos. Dourados tem três parques ambientais onde há animais silvestres, principalmente capivaras – Parque Arnulpho Fioravante, Parque Antenor Martins e Parque Rego D’Água.

A nota também traz orientações para visitas em áreas de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta. O Ministério da Saúde indica que, ao visitar uma dessas regiões de maior risco, a pessoa deve utilizar roupas claras para ajudar a identificar mais rapidamente o carrapato.

Também é importante usar calças e blusas com mangas compridas e utilizar botas. Se possível, deve-se prender a barra da calça à meia com fita adesiva. Outra medida importante é evitar carrapatos nos animais de estimação.

Os principais sintomas da doença são febre, dor pelo corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas, quadro muito parecido com os sintomas de dengue e de leptospirose. “Por isso, é importante que, ao chegar a uma unidade de saúde, o profissional seja informado de que a pessoa esteve em região de risco para a doença ou com incidência de carrapatos”, informa a Vigilância.

Nos siga no Google Notícias