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Capital

Risco da febre maculosa não faz população abandonar Parque das Nações Indígenas

Principal ponto turístico da Capital possui diversas capivaras transitando entre os frequentadores

Antonio Bispo | 24/06/2023 16:47
Parque continua sendo muito frequentado pelos moradores. (Foto: Juliano Almeida)
Parque continua sendo muito frequentado pelos moradores. (Foto: Juliano Almeida)

Após recentes notícias sobre a morte de quatro pessoas no interior de São Paulo causadas pela febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela, que tem a capivara como um dos hospedeiros, surgiu um alerta nas autoridades de saúde de Mato Grosso do Sul, quanto à presença expressiva dos animais em Parques da região, muito frequentados pelos sul-mato-grossenses e turistas.

O Parque das Nações Indígenas, principal de Campo Grande, é frequentado diariamente por centenas de pessoas que utilizam o espaço para lazer, esporte e descanso. Apesar da possibilidade, a população não está apreensiva quanto ao risco da doença surgir na cidade, e muitos não sabiam da existência dos casos.

Ao Campo Grande News, as jovens Wanny Nogueira e Jessica Braiani, ambas com 29 anos e acompanhadas das filhas ainda pequenas, contaram que ficaram sabendo que os carrapatos presentes nas capivaras transmitiam a doença, através da nossa equipe. “Eu estou chocada. Sabia que era em uma fazenda específica, mas não que pudesse chegar aqui. Por enquanto estamos tranquilas”, disseram.

Entretanto, elas afirmam que vão começar a tomar mais cuidados quanto à proximidade dos animais com as crianças, pois foi assim que a Covid-19 começou a se espalhar entre as pessoas, através do descuido e despreocupação.

As jovens levam as filhas para momentos de lazer no parque. (Foto: Juliano Almeida)
As jovens levam as filhas para momentos de lazer no parque. (Foto: Juliano Almeida)

“A gente vê tudo muito longe, mas, na verdade, eu não tinha pensado nisso. A gente tem tanto contato [com as capivaras], ali no Lago do Amor tem um monte, em todos os lugares têm capivara”, afirmou a consultora de vendas.

Não muito diferente das jovens, um aposentado, que preferiu não se identificar, contou que também não ligou a possibilidade dos carrapatos presentes nas capivaras serem uma ameaça a ele.

“Eu nem tinha pensado no assunto. Mas se dá nas capivaras, existe algum medicamento que faz o controle, um órgão responsável. Eu fiquei preocupado um pouco agora, porque não sabia que dava nas capivaras”, contou.

Quando perguntado se evitaria utilizar o parque para realizar atividades físicas, afirmou que não, mas que vai começar a se cuidar.

Na tarde deste sábado (24), centenas de pessoas aproveitavam o espaço do Parque das Nações Indígenas para praticar esportes, descansar sobre o gramado e realizar pequenas confraternizações entre famílias e amigos, muito comuns de acontecerem no local.

Eventos em famílias continuam acontecendo no local. (Foto: Juliano Almeida)
Eventos em famílias continuam acontecendo no local. (Foto: Juliano Almeida)

Sintomas - Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, erupção cutânea e dores no corpo. Caso os sintomas se manifestem após exposição em áreas de risco, recomenda-se buscar atendimento médico imediato e informar que houve a exposição.

O núcleo de Sanidade Animal disponibiliza para a população, cartilhas informativas para a prevenção e detecção da doença através do Museu do Carrapato. Clique aqui para ter acesso à informação.

Suspeita – Em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou na segunda-feira (19), que investiga um caso suspeito da febre maculosa em uma criança de um ano, internada em um hospital particular da Capital. Se confirmado, esse será o primeiro caso da doença na cidade neste ano.

Confira a galeria de imagens:

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