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Interior

Seguranças voltam a improvisar torre de observação para ameaçar indígenas

Vigilitantes tinham desocupado o local antes do primeiro turno, e retornaram nas últimas semanas

Izabela Cavalcanti e Helio de Freitas, de Dourados | 08/10/2022 14:04


Seguranças voltaram a ocupar reservatório de água, que pertence a Sanesul, como uma torre de observação improvisada. A caixa fica em área de conflito envolvendo indígenas e proprietários rurais em Dourados, a 251 km de Campo Grande.

Conforme informações dos indígenas, os vigilantes tinham desocupado antes do primeiro turno das eleições, e agora retornaram. A comunidade denuncia que eles tentam intimidá-los com ameaças para que deixem a área.

O ex-candidato ao Governo do Estado, Magno de Souza (PCO) mora na região e está aflito com a situação. “Estou muito preocupado com minha esposa, com minha família e com minha comunidade”, lamenta.

O vídeo enviado ao Campo Grande News, foi gravado pela sua esposa. “Eles estão encima dessa caixa d’água, gritando”, diz.

A área fica nos arredores da Aldeia Bororó, na região norte de Dourados. Desde 2016, indígenas ocupam pedaços de sítios e fazendas localizados no entorno da aldeia para reivindicar a demarcação das terras. O local já foi palco de vários confrontos entre índios e seguranças privados, com feridos de ambos os lados.

Em setembro deste ano, quando eles ocuparam pela primeira vez, o gerente regional da Sanesul em Dourados, Madson Valente, informou que o reservatório de água não está em operação. Segundo ele, o poço artesiano que vai ajudar no abastecimento daquela região da cidade ainda está sendo perfurado.

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