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Interior

Três escolas superam adversidades e ficam na lista de excelência no País

Aline dos Santos | 13/10/2014 09:00

Como ter excelência no aprendizado, mesmo atendendo alunos de nível socioeconômico variando de médio até baixo? O desafio foi superado por três escolas de Mato Grosso do Sul, que fazem parte de uma seleta lista de 215 unidades escolares em todo o País. O levantamento retrata escolas que, mesmo em condições adversas, conseguem assegurar o ensino.

A periferia de Nova Andradina, cidade a 300 quilômetros de Campo Grande e com 50 mil habitantes, não foi limite para a Escola Pingo de Gente, que está na lista de excelência do QEdu, plataforma de dados sobre a Educação.

“São alunos da classe baixa a média, com dificuldade mesmo; pais com nível de escolaridade baixo, escola de periferia”, afirma a coordenadora Maria Inêz Lima da Silva. No Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o resultado foi de 6,7, bem acima da meta de 5,4 projetada para 2013. Na Prova Brasil 2011, 83% dos alunos do quinto ano aprenderam o adequado na competência de leitura e interpretação de texto. Em matemática, o desempenho na mesma série foi de 74%.

Na escola, a maioria dos 35 professores têm graduação e pós. “Faz diferença, a universidade abre a mente. E as pessoas são dedicadas também”, afirma a coordenadora. Além do corpo docente qualificado, a participação da família também é protagonista dos bons resultados.

“Considero a participação dos pais como o forte da escola. Os pais são convocados, conversam, assumem o compromisso de acompanhar em casa”, diz Maria Inêz.

A escola oferece da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental para 500 alunos. A estrutura inclui sala de tecnologia, reforço escolar e atividades diferenciadas. O dia a dia da escola tem divulgação em um blog , forma de fisgar o interesse dos alunos e publicar as conquistas, como o segundo lugar em um concurso estadual de teatro sobre o trânsito.

Faz a diferença - Se depender do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ), a Escola Municipal Joaquim Faustino Rosa, em Costa Rica, já chegou a 2021. O resultado obtido em 2013 foi de 6,6, acima da meta de 6,1 que deveria ser alcançada nos próximos sete anos.

A escola está na lista de excelência do QEdu. A estratégia para o aprendizado dos 475 alunos, que cursam do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, lembra cardápio de refeição, com o trivial (leia-se muito português e matemática) mesclado à mistura (atividades esportivas e culturais).

Em 2013, os estudantes do 5º ano passaram a ter aulas suplementares no contraturno. “Os alunos têm quatro aulas a mais semanais de português e matemática, além de duas horas de informática”, afirma a diretora Anirce Marta Silva.

Modelo similar foi adotado em 2014 para quem cursa o quarto ano. “É o mesmo conteúdo, mas de forma diferente, não é aula de reforço ou tarefa de casa, é aula mesmo. A metodologia é diferente, com grande diversificação na forma de trabalhar, ministrar os conteúdos, com jogos, ábacos. Isso faz a diferença”, salienta a diretora.

Para os alunos da zona rural, que precisam voltar para as fazendas após o horário normal de aula, são repassadas atividades.

Já no projeto Convivendo, o aluno opta por uma atividade fora da sala de aula. A oferta é variada: violão, jazz, balé, capoeira, futebol, judô, atletismo. As atividade são oferecidas pela prefeitura.

Sem evasão, a escola fica de olho na assiduidade dos alunos. Após dois dias de ausência, o professor avisa a secretaria do colégio, que vai atrás dos pais para saber o que houve. “Os pais se acostumaram tanto que já ligam comunicando”, conta a diretora.

Na Prova Brasil 2011, 76% dos alunos do quinto ano aprenderam o adequado em português e matemática.

O município de Paraíso das Águas é endereço do terceiro colégio do Estado que figura na lista de excelência do QEdu. Alunos do quinto ano da escola Nosso Sonho aprenderam 71% do adequado em português. Matemática teve desempenho de 77%.

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