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Interior

Usina vai negociar prazos e garante pagamento a proprietários de terras

Caroline Maldonado | 13/03/2015 15:46
Odebrecht informou que vai cumprir os contratos, efetuando pagamentos em prazos a serem negociados (Foto: Divulgação)
Odebrecht informou que vai cumprir os contratos, efetuando pagamentos em prazos a serem negociados (Foto: Divulgação)

O grupo Odebrecht Agroindustrial, que comanda a Usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande, informou que vai negociar prazos para o pagamento de parcelas que deveriam ser repassadas, há três dias, a proprietários que arrendam cerca de 80 mil hectares para plantio de cana-de-açúcar.

Em nota, o grupo não revela o valor das parcelas, mas garante que buscará alinhamento e consenso entre as partes, mantendo a relação de confiança e parceria de longo prazo já estabelecida. Segundo a presidente do Sindicato Rural de Nova Alvorada do Sul, Telma Menezes, o valor referente aos pagamentos pendentes é de aproximadamente R$ 1,5 milhão e essa é a primeira vez que ocorre atraso.

A Odebrecht complementa que "os parceiros agrícolas são peças fundamentais para a operação e como sempre foi feito, desde a fundação da empresa em 2007, todos os contratos serão cumpridos em sua integralidade".

Em Costa Rica, a 305 quilômetros de Campo Grande, proprietários que arrendam mais de 50 mil hectares para outra usina do grupo já estão preocupados com os próximos pagamentos. Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Valdeci Pelizer, não houve atraso nas parcelas que ocorrem em datas variadas, mas o pessoal da empresa que gerencia os arrendamentos informou que não haverá pagamento nos próximos 120 dias. Valdeci tenta agendar uma reunião com o superintendente da Odebrecht no município, Luiz Paulo Santana, para ter uma informação oficial.

Motivos – Segundo a Odebrecht, a safra atual tem sido desafiadora e, desde 2008, o setor sucroenergético enfrenta desafios cada vez maiores por várias razões, que passam por fatores climáticos e ausência de políticas públicas de longo prazo para a matriz energética brasileira.

A empresa afirma que, mesmo com as dificuldades, segue com a visão estratégica de que o etanol, combustível brasileiro de fonte renovável, é um negócio de grande potencial para o país. Em nota, a Odebrecht sustenta que tem criado oportunidades para aumentar a competitividade do negócio, bem como otimizar a sua necessidade de capital de giro.

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