Vereador acusa prefeito de crime político e diz não querer ser mais uma vítima
O vereador de Bodoquena Arsênio Martins (PT) afirmou que tem certeza de que foi alvo de um crime político. No início da noite deste sábado (10), um homem invadiu o estabelecimento do parlamentar, e tentou matá-lo com uma foice.
“Foi um crime político, isto tenho certeza”, disparou Arsênio, logo após registrar o boletim de ocorrência sobre o caso na Delegacia de Polícia de Bodoquena, cidade distante 266 km de Campo Grande.
Segundo o parlamentar, a situação política na cidade é das piores possíveis. “O prefeito quer que a gente (vereadores) aprove um projeto inconstitucional, e isso não vamos fazer. Aí ele está colocando toda a população contra a gente, pressionando de todas as formas possíveis”, comentou.
A polêmica é referente ao teto de suplementação. O prefeito de Bodoquena, Jun Titi Hada (PMDB), quer mais 20% de suplementação, e os parlamentares dizem que a ação é inconstitucional.
Segundo Arsênio, sem a aprovação da Câmara Municipal, o prefeito está pressionando os cinco vereadores do município.
“Para mim, não tenho dúvida de que foi um crime político, e peço ajuda, não quero ser mais uma vítima”, pede o petista, que garantiu que vai buscar ajuda das lideranças estaduais da sigla.
Indícios – Arsênio foi agredido dentro de seu estabelecimento, a Vista Conveniência, por um homem identificado apenas como “Geraldo”, que portava uma foice e chegou a acertar a testa do parlamentar de raspão.
“Ele gritava toda hora: ‘vocês não vão tirar a casinha que o prefeito me deu”, afirmou Arsênio.
Ainda segundo o petista, no momento de ir ao hospital realizar o exame de corpo de delito, Geraldo foi flagrado conversando com o prefeito. “Meu irmão tentou tirar uma foto, e o prefeito foi para cima dele”, relatou Arsênio.
A reportagem tentou contato com o prefeito Hada até o fechamento desta reportagem, mas não conseguiu localizá-lo.