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Vídeo mostra execução de policial na fronteira dominada pelo crime

Câmera de segurança captou momento em que dupla de moto atira em Fredy César Díaz

Helio de Freitas, de Dourados | 13/01/2021 12:07
Carro bateu em árvore após policial ser atingido por tiros (Foto: Jornal Hoy)
Carro bateu em árvore após policial ser atingido por tiros (Foto: Jornal Hoy)

Câmera de segurança gravou o momento exato em que o suboficial da Polícia Nacional do Paraguai Fredy César Díaz, 30, foi executado nesta quarta-feira (13) em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

As imagens mostram dois homens em uma moto seguindo no sentido contrário ao SUV Jeep Compass conduzido por Fredy. Os dois não usavam capacete, mas o carona estava de boné. Quando a moto se aproxima do carro, o carona saca uma pistola e começa a atirar na direção do Jeep.

O pistoleiro continua atirando quando a moto passa ao lado do veículo. Outro motociclista passa lentamente ao lado dos criminosos. Em seguida os bandidos fazem o contorno no meio da rua e perseguem o carro do policial.

Veja o vídeo:

Ferido, Fredy Díaz perdeu o controle da direção e bateu o Jeep em uma árvore. Segundo a polícia paraguaia, neste momento o pistoleiro chegou ao lado do vidro do motorista e disparou um tiro na nuca do suboficial. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu minutos depois.

A polícia paraguaia suspeita de ligação da facção brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) na execução, já que Fredy trabalhava no mesmo departamento que no sábado (9) prendeu o líder da organização em Pedro Juan Caballero, Giovanni Barbosa da Silva, 29, o “Bonitão”.

Horas após a prisão, bandidos armados com fuzis tentaram resgatar Giovanni. Houve troca de tiros e eles fugiram. O chefão foi expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal brasileira.

Ontem, reportagem do jornal La Nación, reproduzida pelo Campo Grande News, mostrou suspeita de que o confronto tenha ocorrido por desacerto entre os policiais e a quadrilha de “Bonitão”.

Os agentes da Polícia Nacional teriam cobrado 1 milhão de dólares para deixar Giovanni fugir, mas houve desacordo na hora do pagamento e a negociação terminou em duas horas de intenso tiroteio.

A Polícia Nacional não revelou se Fredy estava na equipe que prendeu “Bonitão” e depois trocou tiros com os bandidos, mas cápsulas deflagradas de fuzil foram encontradas dentro do carro que ele usava quando foi morto hoje.

Apesar da suspeita contra o PCC, o diretor de Prevenção e Segurança da Polícia Nacional, comissário Carlos Miguel López Russo, disse ser difícil afirmar que a execução de Fredy Díaz tenha sido obra da facção brasileira.

Segundo ele, outras quadrilhas que operam na Linha Internacional poderiam aproveitar o momento para atacar organismos de segurança, pois a situação apontaria de imediato o PCC como responsável.

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