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Cidades

Jacini diz que governador está sendo informado sobre apuração de ataques a índios

Marta Ferreira e Francisco Junior | 25/11/2011 11:45

Polícia Civil ficou responsável por laudo de local e recolheu materiais, que são periciados em laboratório de Brasília da PF

Índio guarani-kaiowá em acapamento alvo de ataque, há uma semana: Polícia Civil e Polícia Federal dividem perícias. (Foto: João Garrigó)
Índio guarani-kaiowá em acapamento alvo de ataque, há uma semana: Polícia Civil e Polícia Federal dividem perícias. (Foto: João Garrigó)

O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, afirmou esta manhã que o Governo de Mato Grosso do Sul acompanha por meio da Coordenadoria de Perícias da Polícia Civil a investigação do ataque sofrido pelo acampamento guarani-kaiowá Guaiviry, em Aral Moreira, há uma semana, que virou notícia no resto do mundo. Um dos líderes espirituais do acampamento, Nísio Gomes, 59 anos, está desaparecido e, segundo a comunidade, foi executado por 7 pistoleiros que invadiram o lugar na manhã daquele dia.

Jacini, que já foi superintendente da PF no Estado, disse que está sendo informado das apurações e que tem sido o porta-voz sobre o assunto para o governador André Puccinelli (PMDB).

A Coordenadoria de Perícias ficou responsável pelo laudo do local onde, segundo os índios, Nisio foi ferido e levado pelos pistoleiros na caçamba de uma camionete. Os peritos da Polícia Civil também recolheram mostras de sangue, o boné que Nísio usava, que tem um furo na parte de cima, e capsulas de balas de borracha.

Esse material foi repassado à Polícia Federal e será periciado no laboratório da Corporação em Brasília. Uma das principais dúvidas é esclarecer se o sangue encontrado é humano e de quem é.

O laudo de local vai ajudar a definir, por exemplo, se Nisio foi arrastado, como informaram os índios, e em que circunstâncias isso pode ter acontecido.

A Polícia Federal informou que a perícia de local e o recolhimento dos materiais para a perícia científica foram feitas por peritos da Polícia Civil porque eles tavam mais próximos do local e havia necessidade de que isso fosse feito rapidamente, para preservar a investigação.

Questão histórica-Ao comentar nesta manhã o assunto, durante solenidade realizada pela Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), o secretário disse que os conflitos por terras indígenas são um problema histórico em Mato Grosso do Sul.

Indagado sobre a demora na demarcação de terras apontadas como indígenas, como prevê a Constituição, Jacini disse que “tudo que é rápido não é muito bom. É um trabalho demorado e que está sendo feito”.

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