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Cidades

Jerson defende uso disciplinado dos motores de popa

Redação | 10/09/2009 07:55

O presidente da Assembléia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), está defendendo o uso disciplinado dos motores de popa nos rios de Mato Grosso do Sul.

A idéia de Jerson é que este item conste do novo projeto de Lei da Pesca, que está sendo debatido na Casa.

Para ele, os motores de popa destroem as matas ciliares e contribuem de forma decisiva para o assoreamento dos rios.

"Eu vi o governador André Puccinelli trabalhando em Brasília por recursos para recuperação do rio Taquari, mas se não tivermos a preocupação do uso indiscriminado do motor de popa, não adianta nada. Os rios não suportam mais este fluxo", declarou, durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital.

Para Jerson, a Lei da Pesca, da forma que deu entrada na Assembléia Legislativa, "traz mais prejuízos do que benefícios", principalmente ao meio ambiente.

Até o momento, a proposta recebeu 53 emendas e não é consenso. O governador já deu carta branca para Jerson conduzir as discussões da melhor forma possível.

"Há uma discussão sobre o projeto na Casa e uma maturidade forte dos parlamentares. Eles sabem que temos que legislar antes que mais nada preservando a mata ciliar e os cardumes. A idéia é que, a médio e longo prazo, os rios possam se recuperar, temos que dar ao peixe a oportunidade de desovar com tranqüilidade e repovoar os rios", disse.

Jerson já avisou que apresentará um substitutivo à proposta enviada pelo governo do Estado.

Para Jerson, é necessário encontrar um ponto comum, já que o projeto, do jeito que está, mais parece "uma árvore de Natal", de tantas emendas. "Não tem condições do jeito que está", resumiu.

Uma das principais polêmicas está relacionada ao uso dos petrechos, liberados pela Lei da Pesca apresentada pelo Executivo.

O deputado Jerson Domingos contestou principalmente o uso de um petrecho conhecido como "João Bobo". Pelo projeto do Executivo, cada pescador tem o direito de usar 20 unidades do equipamento.

Na opinião do presidente da Assembléia, a utilização do equipamento pelos pescadores, que geralmente trabalham em grupo, principalmente em rios menos extensos em sua largura, pode dizimar os cardumes.

O projeto apresentado pelo governo também permite a utilização de cinco bóias fixas (cavalinho) e 15 anzóis de galho por cada pescador.

Para os técnicos da Embrapa Pantanal, a utilização de tais petrechos não agridem o meio ambiente. Segundo a pesquisadora Emiko Rezende, a proposta apresentada pelo governo é bem mais restritiva que a portaria do Ibama.

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