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Cidades

Jovem que matou cabeleireiro de Coxim no RJ é condenado

Redação | 06/05/2010 08:06

O garoto de programa Olívio Lordelo Pastore, 19 anos, foi condenado a cinco anos de prisão pela morte do cabeleireiro coxinense Ronan Ferreira, em março do ano passado no Rio de Janeiro.

O crime aconteceu no estacionamento de um shopping da Barra da Tijuca, na capital fluminense.

Dono do salão Ronan Cabeleireiros, em Copacabana, a vítima foi morta com uma facada no peito na noite do dia 2 de março de 2009.

Seu corpo foi encontrado na madrugada do dia seguinte, na mala do seu Jeep Cherokee preto. O circuito interno do shopping gravou imagens do réu em companhia da vítima na noite do crime.

A polícia prendeu Olívio depois de ouvir o sócio e melhor amigo de Ronan. Em depoimento, ele disse que o cabeleireiro tinha saído de casa, em Copacabana, para ir ao cinema na Barra com o jovem. Nas imagens do circuito interno do shopping, os dois aparecem caminhando pelo primeiro piso, aparentemente sem briga.

O corpo de Ronan foi encontrado às 3h no subsolo do estacionamento, abandonado na mala do carro. Segundo informações preliminares da perícia, ele teria sido assassinado em um dos bancos da frente do carro e foi arrastado para a mala, onde não chamaria a atenção.

O júri, formado por cinco mulheres e dois homens, considerou que o acusado praticou o crime sob o domínio de violenta emoção, em virtude de injusta provocação da vítima. Os jurados afastaram também os argumentos da acusação de que o homicídio fora praticado com recurso que dificultou a defesa do cabeleireiro.

O julgamento terminou por volta das 22h de ontem. O juiz manteve a prisão do acusado, que está na Casa de Custódia de Itaperuna (RJ), e determinou que a condenação seja cumprida em regime semiaberto.

O acusado foi denunciado pelo MPE/RJ (Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro) por homicídio duplamente qualificado, motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. Ele ainda alegou legítima defesa, versão considerada fantasiosa pela Promotoria.

Durante o julgamento, o promotor Luciano Lessa disse que o cabeleireiro foi surpreendido por um golpe de faca no pulmão e na artéria aorta, resultando num choque hemorrágico e anemia aguda.

O corte na região do tórax foi de 8 cm de extensão, o que contestou a versão do acusado de que teria usado uma tesoura de cabeleireiro, fina e pontiaguda.

Ronan foi sepultado em Coxim. De acordo com amigos, ele fazia parte de uma família tradicional na cidade e era querido no meio artístico, tendo como seus clientes diversos atores e atrizes.

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