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Cidades

Maternidade é denunciada por forçar parto normal

Redação | 13/03/2010 11:18

Após 18 horas de dor, em trabalho de parto sem atingir a dilatação necessária para o parto normal, uma mulher de 30 anos só conseguiu fazer cesariana na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, após o pagamento de R$ 3.300,00. O caso foi denunciado ao MPE (Ministério Público Estadual).

"Foi cruel o que aconteceu", relata o tecnólogo ambiental, Maximiliano Schadler, de 33 anos, esposo da gestante. Temendo pela vida da mulher e do filho, ele providenciou cinco folhas de cheque e conseguiu pôr fim ao sofrimento.

"Tentaram forçar ao limite o parto normal. Eu sou leigo, mas não sei como a médica não conseguiu ver que não teria como fazer normal", afirma.

A esposa de Maximiliano, Miriam Kelly dos Santos, de 30 anos, deu entrada na maternidade às 3h30 de quinta-feira, com contrações.

Ela estava na 42ª semana de gestação, mas como não tinha dilatação o médico que a atendeu mandou que voltasse para casa. Maximiliano conta que às 12h20 Miriam foi novamente levada ao hospital, com fortes dores.

Ele diz que esclareceu para a médica que a esposa é hipertensa, seu último parto foi complicado e apresentou laudo de uma psicóloga atestando que ela havia adquirido trauma do procedimento. "Só faltou me dizer que era frescura", indigna-se o marido.

Miriam recebeu medicação para induzir o parto, mas ainda assim a dilatação não atingiu o mínimo necessário. Maximiliano foi obrigado a ficar fora da sala em que a esposa estava, mas ela conseguiu pegar um celular e ligar a cobrar para o esposo, pedindo que ele a tirasse de lá e dizendo que não aguentava mais. "Ela sussurrou: 'amor, me tira daqui, senão eu vou morrer'", conta.

A situação foi presenciada por um casal de amigos. O professor Thiago Artero, de 27 anos, conta que a equipe que atendia Miriam foi taxativa: ela só poderia fazer a cesariana se o procedimento fosse pago. A argumentação era que para ter cobertura do SUS (Sistema

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