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Cidades

Moradora diz que há anos sofre com enxurradas na Capital

Redação | 23/04/2010 19:54

A aposentada Faustina Plácido da Rosa estava já pronta para ir à missa de dez anos de falecimento do marido, quando foi surpreendida pela chuva, que fez cair os muros de todo entorno da sua casa, na rua Doutor Miguel Vieira Ferreira, no Conjunto Azaléia, região do Coophasul, em Campo Grande.

Por mais que ano a ano as enxurradas "batam em sua porta", hoje o estrago foi maior, pois causou prejuízos inestimáveis, tanto emocionais quanto econômicos. Uma parte do muro caiu em cima do hidrômetro, que ficou completamente destruído.

Com o hidrômetro estourado, começou a ocorrer vazamento na casa, que ficou alagada por problemas técnicos e também pela chuva. Na rua da casa de Faustina, bem como na maioria das vias do bairro a água atingiu meio metro de altura.

Morando no bairro desde 2002, Faustina conta que todo ano é a mesma coisa. "Já acionei os órgãos competentes e nada".

Com lágrimas nos olhos por não poder ir até a missa de dez anos de falecimento do marido, a aposentada contou com a ajuda dos filhos para amenizar a situação. Um deles disse que entrará com ação contra a prefeitura e pedirá indenização por causa dos danos.

Contatada por Faustina, a empresa Águas Guariroba disse que enviará uma equipe ao local somente amanhã.

Taquaral - Pela cidade, outras regiões também foram prejudicadas em poucos minutos de chuva forte.

No bairro Taquaral Bosque, a cobertura de ferro de um ponto de ônibus desabou na rua do Pinhão.

"Se tivesse alguém embaixo da cobertura, certeza que teria morrido", adiantou o mecânico Antonio Marcos de Jesus, de 34 anos, que viu a cena.

Segundo ele, perto dali existe uma escola e após as aulas muitos alunos costumam esperar ônibus embaixo da cobertura. A população, de acordo com Antonio, já fez vários apelos para dar uma melhor estrutura à cobertura, mas até agora nada foi feito.

Com a chuva de hoje, vários imóveis ficaram alagados como nas ruas Tipuana, bairro Coophatrabalho e Cerejeiras, no Parque dos Laranjais. No centro, a Galeria São José, que fica na rua 14 de Julho, também ficou inundada.

No Buriti, foram 30 minutos de chuva forte. O córrego que divide o bairro transbordou e os bueiros, de acordo com moradores, não suportam tamanha intensidade de água.

De acordo com informações da Estação Meteorológica da Base Aérea, a intensidade dos ventos registrou 10 km/h, considerada normal. Mas o índice de chuva registrou 24 milímetros, número considerado alto.

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