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Cidades

MS "sofre" para sobreviver a calor infernal com sensação de 51º C

Thiago de Souza | 21/09/2015 17:57
Quem trabalha na rua não escapou do forte calor em Mato Grosso do Sul. (Foto: Gerson Walber)
Quem trabalha na rua não escapou do forte calor em Mato Grosso do Sul. (Foto: Gerson Walber)
Pela sobrevivência, Palhaço Gaitinha enfrentou sol de 38º C, em Campo Grande. (Foto: Gérson Walber)
Pela sobrevivência, Palhaço Gaitinha enfrentou sol de 38º C, em Campo Grande. (Foto: Gérson Walber)
Agente Cabanha disse que é desgastante ficar embaixo do sol quente. (Foto: Gerson Walber)
Agente Cabanha disse que é desgastante ficar embaixo do sol quente. (Foto: Gerson Walber)

As altas temperaturas registradas em Mato Grosso do Sul, desde a semana passada, alteraram a rotina de muitas pessoas. Porém, quem precisa trabalhar não tem escolha e precisa arrumar um “jeitinho” para não sofrer tanto com o calor. No Estado, a sensação térmica chegou a 51ºC, conforme a mais alta, registrada em Coxim. Em Aquidauana, por exemplo, o termômetro registrou máxima de 41ºC. Na Capital a tarde foi de 38ºC, por volta das 15 horas.

Para castigar mais o sul-mato-grossenses, os índices de umidade relativa do ar em algumas cidades ficaram abaixo dos 20% recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Na Capital, por volta das 15 horas, foi registrada umidade relativa de 13%. Em Coxim o termômetro chegou a 38,4°C, porém com a umidade mínima de 50% a sensação térmica foi de 51°C, explica a meteorologista Cátia Braga, do Centec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul).

Mas o calorão não assustou o Palhaço Gaitinha, que trabalha diariamente na esquina das Avenidas Afonso Pena e Ernesto Geisel, no Bairro Amambaí. Ele dá pirulitos em troca de um “agradinho em dinheiro”. “É a lei da sobrevivência. É minha única fonte de renda, enquanto não consigo minha aposentadoria”, revelou o artista. Gaitinha usa uma roupa comprida e toda fechada, além da peruca e sem nenhuma proteção na cabeça. “Tem gente que se comove e pergunta se dá pra agüentar tanto calor”, relatou o palhaço, que ainda disse que o calor não vai atrapalhar o trabalho dele.

Para as amigas, cerveja gelada foi a solução para o calorão. (Foto: Gerson Walber)
Para as amigas, cerveja gelada foi a solução para o calorão. (Foto: Gerson Walber)

Na mesma esquina em que Gaitinha trabalha, o vendedor de água mineral também passa horas do dia para tirar o sustento. “O calor tá demais, mas faz parte da vida” disse o vendedor Marcílio Alves, 37.

Próximo dali, na Rua Cândido Mariano, no centro da cidade, o agente Cabanha, da Agetran disse que é preciso se ajeitar para não passar tanto calor. “As vezes a gente procura uma sombra, vai na viatura ou faz uma ronda, porque ficar parado no sol é muito desgastante”, revelou o funcionário público.

Na tradicional praça esportiva Belmar Fidalgo, ninguém fazia qualquer tipo de exercício físico. As pessoas que passavam por ali apenas cortavam caminho, já que o parque liga as ruas Barão do Rio Branco e Dom Aquino.

Um grupo de jovens resolveu espantar o calor tomando uma cerveja, dentro de um shopping no centro da cidade. “Aqui dentro tá gostoso, ta fresco. Lá fora deve estar uns 33 graus", arriscou Natália de Oliveira, de 18 anos, que hoje estava de folga do trabalho de bar tender.

De acordo com o meteorologista Natálio Abrão, foi confirmada a temperatura de 41º C na cidade pantaneira de Aquidauana, e umidade de 13% na Capital.

Segundo Cátia Braga, os municípios que também sofreram com as temperaturas elevadas foram: Dourados, onde os termômetros marcaram 37,9° C e a umidade do ar ficou em 14%; Aquidauana com temperaturas máximas de 38,3°C e umidade mínima em 18%; Maracaju com 39,2°C e umidade na casa dos 13%, seguido por Porto Murtinho que registrou 39°C e umidade mínima de 26%.

Quem trabalha ao ar livre não escapou das altas temperaturas desta tarde. (Foto: Gerson Walber)
Quem trabalha ao ar livre não escapou das altas temperaturas desta tarde. (Foto: Gerson Walber)
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