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Cidades

Redação | 10/02/2010 17:20

Já está a caminho da unidade penal de Dois Irmãos do Buriti o ônibus que leva 21 condenados que cumpriam prisão domiciliar desde o início de janeiro por decisão da 1ª Turma Criminal do TJ/MS, mas tiveram o beneficio cancelado também pela Justiça. Terminado prazo para apresentação, 31 não apareceram e são considerados foragidos.

No total, a primeira decisão atingiu 145 internos, mas após pressão, no dia 22 de janeiro, o desembargador em exercício Manoel Mendes Carli determinou o retorno de 83 ao regime semiaberto dos autores de homicídio qualificado, roubo qualificado, latrocínio, extorsão mediante sequestro e qualificada pela morte, estupro, atentado violento ao pudor, exploração sexual de crianças e adolescentes e tortura.

A liminar, válida por 90 dias, atendeu a mandado de segurança impetrado pelo Estado, por meio da PGE (Procuradoria Geral do Estado).

Os internos se reapresentaram hoje, prazo limite estipulado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para recadastramento e encaminhamento de volta ao presídio do Dois Irmãos, onde o regime é fechado, sem a possibilidade de trabalho durante o dia.

Eles continuarão na unidade até que o sistema carcerário tenha capacidade de oferecer vagas no regime semi-aberto.

O ônibus com os internos partiu esta tarde do Estabelecimento Penal de Regime Semi Aberto e Aberto de Campo Grande, localizado na Rua Pernambuco.

Entre os passageiros estão 21 internos que retornam a Dois Irmãos, 12 internos do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima transferidos e 5 policiais militares. Na escolta, uma viatura do Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

Em números - Dos 83 internos que deveriam se apresentar até hoje, 21 embarcaram no ônibus e 10 já se apresentaram espontaneamente no estabelecimento penal de Dois Irmãos. Outros 21 voltaram na semana passada. O restante, 31 internos, já são considerados foragidos.

Braz Ferreira Lima, de 60 anos, é um dos passageiros que aproveitaram por puco tempo o direito à prisão domiciliar e agora retornam a unidade de Dois Irmãos. "Não sei ao certo quanto falta para acabar. Ao todo peguei quatro anos, mas não sei como esta a minha pena agora", afirma.

Já para Ricardo Carvalho, de 26 anos de idade, e outros vinte de pena, o retorno também marca retrocesso. "Infelizmente é a lei. Eu já estava procurando trabalho. Agora é esperar e ver o que acontece", afirma.

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