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Cidades

PF fará análise de documentos antes de convocar empresários e políticos

Corporação estima que depoimentos devem ser concluídos entre 30 e 50 dias

Luana Rodrigues | 13/07/2015 14:40
Giroto deve ser um dos convocados para prestar depoimento na Polícia Federal (Foto: Arquivo)
Giroto deve ser um dos convocados para prestar depoimento na Polícia Federal (Foto: Arquivo)

A Polícia Federal deve demorar de 30 a 50 dias para ouvir os depoimentos dos envolvidos na Operação Lama Asfáltica. Na mira estão representantes da Proteco Construções Ltda, LD Construções Ltda e Anfer Construções, que tocam dezenas de obras no Estado e na Capital, além de ex secretários e ex governantes. Os nomes de todos os envolvidos na organização criminosa, conforme nota do órgão, não foram divulgados porque depende da análise dos documentos apreendidos.

De acordo com a assessoria de imprensa da polícia, todo o efetivo da superintendência está envolvido com a análise dos documentos recolhidos a partir do cumprimento de 19 mandatos de busca e apreensão, mesmo assim o processo é demorado, pois conforme a PF, "o estudo é minucioso".

Entre os documentos estão editais para licitação, além de contratos, prestação de contas, entre outros. Na manhã de hoje(13), começou a triagem do material para verificar se existem outras obras suspeitas e a necessidade de novas fiscalizações. A análise, inclusive, poderá reunir profissionais de outros estados.

Serão ouvidos pela polícia o empresário João Alberto Krampe Amorim; o ex-deputado federal Edson Giroto (PR) ; Wilson Roberto Mariano de Oliveira, "Beto Mariano", que é ex-deputado estadual, ex-prefeito de Paranaíba e funcionário de carreira da Agesul desde a época em que se chamava Dersul, além de Marcos Tadeu Puga, que já foi representante da construtora Central do Brasil Ltda, entre outros envolvidos.

Operação - O esquema deu prejuízo de ao menos R$ 11 milhões dos cofres públicos. De acordo com a PF, foram fiscalizados contratos de R$ 45 milhões. Ainda conforme a polícia, a organização criminosa era “especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais”.

Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão no desenvolvimento da ação. Entre os locais visitados pelos agentes estão as casas de João Amorim, do ex-secretário de obras Edson Giroto e do ex-secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antônio De Marco.

Também foram apreendidos R$ 210 mil, R$ 195 mil em cheques, US$ 100 mil e 3 mil euros, além de computadores e documentos, também foi apreendida uma obra de arte.

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