Policiais ameaçam greve para forçar votação de PECs
Policiais civis ameaçam entrar em greve ainda esta semana, para forçar a votação das PECs (Proposta de Emenda Parlamentar) 300 e 446, que poderão padronizar os salários de policiais civis, militares e do Corpo de Bombeiros.
O presidente do Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa, explica que, caso as propostas não entrem na pauta da Câmara Federal, na quarta-feira os policiais farão assembleia para decidir qual será a forma de protesto.
A entidade já enviou às delegacias uma ata de convocação para saber quantos policiais aprovam a greve.
Segundo Barbosa, muitos policiais do interior não podem vir à Capital e, por este motivo, a votação fica prejudicada.
Conforme o presidente do sindicato, trata-se de uma mobilização nacional e os policiais de Mato Grosso do Sul poderão aderir.
Barbosa revela que, em contato com o sindicado do Rio de Janeiro, obteve a informação de que a greve começa na quinta-feira nas unidades cariocas.
A decisão em relação aos policiais do Estado deve sair na noite de quarta-feira, quando haverá a assembleia.
A previsão é que os policias estejam reunidos na sede da entidade, no Bairro José Abrão, após 18 horas, quando termina o expediente nas delegacias.
Os policiais pretendem agilizar a votação porque as PECs só podem ser votadas até 30 de junho, por conta do calendário eleitoral.
O salário inicial para policiais civis é de R$ 1.853,00. Caso haja a padronização, o valor saltará para R$ 3,5 mil.
Em 23 de abril, policiais civis fizeram uma manifestação em frente à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).