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Cidades

Praça e autódromo com água parada causam temor

Redação | 23/12/2009 08:43

Em época de acirrado combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, a Praça Ary Coelho, no centro de Campo Grande, e o Autódromo Internacional, localizado em outro extremo, na saída para Três Lagoas, são exemplos de espaços públicos em que a presença de água parada representa um risco de proliferação do mosquito e, consequentemente para saúde da população.

Este ano, as próprias autoridades admitem que a doença pode voltar com força. Dados da Sesau atualizados até a semana passada mostram que os casos da doença confirmados na Capital superam em cinco vezes os registrados no mesmo período do ano passado. São 1.045 casos confirmados neste ano, contra 211 no ano passado.

Mesmo com esse quadro, a reportagem do Campo Grande News constatou que na Ary Coelho, praça mais tradicional da cidade, o chafariz desativado serve como reservatório da água da chuva. "Toda vez que chove acumula água aí, e quem frequenta a praça fica com medo de pegar dengue", diz o aposentado Ruy de Lima, de 55 anos.

Para a secretária Madalena Rodrigues da Silva, de 45 anos, a situação do chafariz em pleno centro é um mau exemplo para a população, que já tem dificuldades para prevenir a doença. "Fiquei surpresa ao vir aqui, além da água no chafariz tem muitas tampinhas de garrafa que acumulam água", conta.

Madalena diz que irá suspender as idas de todos os fins de semana à praça, até que a situação do local seja melhorada. "Acho horrível, perigoso, em casa eu cuido bastante para não ficar assim", garante.

O assistente de produção Roger Araújo, de 20 anos, também reclama que em casa faz sua parte no combate ao mosquito, mas quando vai à praça fica exposto à doença.

No Autódromo Internacional de Campo Grande, a situação é ainda mais crítica. Muitos dos pneus colocados ao lado da pista de quase 4km estão cheios de água, e basta mexer neles para ver a quantidade de mosquitos que há no local, que segundo funcionários, tem muitos 'pernilongos' à noite.

O problema ocorre porque, apesar dos pneus serem furados para não acumular água, vários deles estão com o furo para cima ou para o lado, o que impede o escoamento da água da chuva.

Controle Segundo informado pela Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, não há foco de dengue na Praça Ary Coelho, apesar do acúmulo de água no chafariz.

A assessoria informou ainda que o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), que cuida do combate ao mosquito, monitora semanalmente a situação da água na praça, por meio da coleta de amostra. Quando é detectada a presença de larvas, eles colocam veneno no chafariz.

Em relação ao Autódromo Internacional de Campo Grande, a Prefeitura informou que uma equipe do CCZ iria ao local para checar a situação. Uma equipe da administração da pista de corrida irá acompanhar o trabalho.

Casos - O secretário municipal de saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou ontem que o número dos casos de dengue aumentou nas últimas semanas em Campo Grande.

Segundo Mandetta, a maior preocupação da Secretaria é com relação aos casos de dengue hemorrágica e com a reintrodução do vírus tipo 1 da doença.

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