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Cidades

Sem grupo específico, polícia estreia no Facebook para combater crime virtual

Luana Rodrigues | 25/07/2015 09:34
Um página da Polícia Civil foi criada no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Um página da Polícia Civil foi criada no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)

Aplicativos de redes sociais, como Facebook, Twitter, WhatsApp e Instagram, tornaram-se febre entre usuários de smartphones em todo o mundo, e são usados para trocas de mensagens, publicação de textos e fotos, mas também para burlar a lei. De olho na "tendência", a Polícia Civil também encontrou formas de utilizar esses serviços como aliados nas investigações.

Não é um departamento, nem grupo de investigação, são as denúncias feitas por meio da página da Polícia Civil no Facebook e também aos próprios policiais que tem levado a polícia a prender criminosos da rede. "Nós não temos uma equipe especifica para monitoramento das redes sociais , mas toda denúncia que chega até nós é imediatamente investigada, isso tem dado certo", explicou Sidney Alberto, delegado responsável pela assessoria de imprensa da PC.

Imagens foram reproduzidas da internet (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Imagens foram reproduzidas da internet (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Declaração feita pela jovem no Facebook. (Foto: Reprodução)
Declaração feita pela jovem no Facebook. (Foto: Reprodução)

Conforme o delegado, atualmente os crimes são investigados de acordo com a delegacia da área onde ocorreram ou onde foram denunciados. "Pela facilidade em acessar a internet, os números tem crescido, mas ainda representam pouco para a criação desse departamento", disse Aberto. Ainda conforme o delegado, os registros mais comuns são de apologia e incentivo a crimes.

Em um caso recente, um grupo de bandidos foi indiciado por apologia ao crime depois de divulgarem vídeo nas redes sociais. Um boletim de ocorrências foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, e três indicados por apologia ao crime.

Os autores aparecem em um vídeo ameaçando atirar contra policiais, e ainda dizem que são integrantes da facção criminosa PCC, "programados para matar". Nas imagens divulgadas pelo aplicativo Whatsapp, os jovens parecem estar sob o efeito de bebida alcoólica. Um deles diz que, “mete bala até nos homi (policiais) e quem mexê com nóis a bala come”. O grupo até canta uma espécie de música: “Nóis tá na atividade, nós tá no procedê, quem tá falando é o muleque do PCC”.

No início desse mês, uma jovem de 21 anos foi parar na delegacia por incentivo ao crime, após postar no Facebook “te amo meu bandido”, em uma declaração de amor ao namorado. O caso aconteceu em Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande. A mensagem foi para um jovem de 18 anos, que quando adolescente cometeu vários crimes como roubo e tráfico de drogas no município.

Em outro caso, a polícia identificou um criminoso que postava fotos de crimes em um perfil do facebook e ainda ameaçava a polícia. Lucivan Rodrigues está sendo procurado para prestar esclarecimentos. Nas postagens, o criminoso diz que acabou de fazer um "corre" e a "polícia nem fais nada". E ainda comemora: "Ja to churas cm os camadas. Vomas fumos fumar um de boa. sem os otarios d policia o noroeste e nosso", escreveu. Em outra postagem, Lucivan chega a ameaçar a polícia, na legenda da foto de uma arma: "Na hora q a policia tronba de frente vai toma bala", escreveu.

Especialista em segurança Pública da Informação, Michel Neves, que também é investigador da Polícia Civil, reforça a importância da responsabilidade que todos devem ter no uso das redes sociais. "As pessoas tem que tomar cuidado com o que propagam, 'curtem' e compartilham nesses perfis, porque a responsabilidade pelo conteúdo será atribuída a ela e mesmo que tentem se esconder, a polícia tem mecanismos para identificar o usuário de cada perfil", afirmou.

Veja o vídeo em que bandidos zombam da Polícia:

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