TJ nega adicional por tempo de serviço e servidores caminham para greve

O presidente do Tribunal de Justiça, Joenildo de Sousa Chaves, negou as reivindicações feitas pelos servidores e o Sindijus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul) já fala em possibilidade de greve no poder judiciário.
Entre os pedidos dos servidores, estava o adicional por tempo de serviço, o aumento do valor do auxílio alimentação e 10% de aumento no salário em julho e agosto.
Após a reunião com o presidente do TJ, na tarde de hoje, o presidente do Sindjus, Clodoir Fernandes Vargas, leu aos servidores a decisão de Joenildo, que foi recebida com rejeição pela categoria.
Segundo os funcionários, o presidente do TJ havia prometido no final do ano passado um pacote de benefícios. Em forma de protesto, os servidores espalharam sacos de lixo pelo Tribunal e justificavam dizendo que foi o máximo de “pacote” que ganharam do presidente.
A justificativa de Joenildo foi de que o Tribunal de Justiça não tem condições de conceder o aumento neste momento.
Sobre o auxílio alimentação, a categoria pontuou que juízes e desembargadores aposentados recebem R$ 1,2 mil, enquanto o valor do benefício dos servidores é de R$ 412.
O que eles querem é que o presidente do TJ corte o auxílio alimentação dos desembargadores e diminua o valor do benefício dos juízes, equiparando ao deles quando for aumentado, no valor de R$ 700, conforme Joenildo havia prometido, de acordo com os servidores.
“Não tem motivo para os juízes ganharem a mais se o valor do alimento no supermercado é igual para todo mundo, independente de cargo”, questionam os servidores.
Diante do descontentamento dos servidores, o presidente do sindicato não descarta que a categoria entre em greve. “Eles estão cansados de só promessa”, ressalta Clodoir.
Contudo, a manifestação dos servidores foi pacífica. O grupo estava com cartazes e camisetas com frases de protestos e cantaram o Hino Nacional enquanto aguardavam o resultado da reunião.
Amanhã, o Sindjus marcou uma reunião com todos os trabalhadores do judiciário para definir os próximos passos do movimento. O objetivo é mobilizar os servidores de todo o Estado. Na próxima quarta-feira (3), haverá uma paralisação da categoria em âmbito estadual.