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Cidades

Três escolas de MS "compraram" falso prêmio do MEC

Redação | 13/04/2010 08:45

A Polícia Federal investiga a atuação do Instituto Gomes Pimentel, que usava o nome do Ministério da Educação para vender certificado de qualidade a instituições de ensino.

O IGP criou o "Prêmio Nacional de Qualidade no Ensino", que só era dado aos que pagassem, que tinham os nomes inseridos em um falso ranking da educação. Os "vencedores" tinham direito a jantar, DVD, troféu e um certificado com brasão da República e o logotipo do governo federal.

Entre 150 escolas que integram a lista, em Mato Grosso do Sul estão a Ideal, Oswaldo Tognini (Funlec) e Colégio Nova Geração, todas de Campo Grande. O Instituto usava o nome do Ministério da educação como"um reconhecimento do MEC, Inep, Saeb".

O instituto enviava cartas às instituições informando que eram vencedoras de um prêmio nacional. Para colocar as escolas no ranking, cobrava R$ 2 mil. Neste ano o valor subiria para R$ 3 mil, mas depois de matérias publicadas pela Folha de São Paulo, a edição de 2010 foi cancelada.

A Ideal, por exemplo, recebeu pontuação 94,3, mas nem sequer teve noto conferida no Enem em 2008, por não ter número suficiente da alunos matriculados.

O Colégio Nova Geração, apesar de figurar como 3573 no ranking do Enem, conseguiu prêmio do Instituto com nota de qualidade 95, na escala de 0 a 100.

Também integram a lista cursinhos, supletivos, centros universitários e faculdades, incluindo as que tiveram notas baixas em exames como o Enem.

O esquema, criado em 2005, era tão bem feito, que em novembro do ano passado, houve uma festa em bufê no Tatuapé/SP, e teve até discurso de um falso representante do ministério.

Ao receber denúncias, o MEC solicitou a abertura de inquérito à PF. O ministério irá ainda acionar a Justiça para pedir a devolução do dinheiro pago pelas escolas e também que as instituições devolvam os certificados do Instituto Gomes Pimentel, para que a falsa premiação não seja usada para enganar pais e alunos sobre a qualidade do ensino.

O MEC lembra que não existe um ranking nacional que junte escolas e universidades, porque são avaliadas por exames diferentes.

Na Escola Ideal e no Colégio Nova Geração foi informado que nenhum dos diretores estava no local para falar sobre o assunto.

(Com informação da Folha On Line)

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