Uso abusivo de álcool pode ser causa de aumento de assassinatos na “virada”

O uso abusivo de bebidas alcoólicas pode ter sido fator determinante no aumento de 150% no número de mortes violentas na virada do ano, 31 de dezembro e 1º de janeiro. Em 2012, quatro pessoas perderam a vida em Mato Grosso do Sul na passagem de ano. Em 2013, esse número saltou para 10.
De acordo com o assessor de comunicação interino da Polícia Civil, delegado Sérgio Luiz Duarte, não é possível afirmar, ao certo, o porquê do aumento desse índice. “Mas o uso abusivo de bebidas alcoólicas e até de drogas pode ter contribuído com esse índice”, disse.
Para o delegado, normalmente, os assassinatos em época de Natal e Ano Novo ocorrem em bares, festas e entre pessoas conhecidas. “Na maioria das vezes são por motivos torpes e banais de pessoas que não demonstram valor pela vida”, opinou.
Apesar do crescimento de homicídios no Estado na virada do ano, o delegado destaca que houve a diminuição de assassinatos entre os dias 16 de dezembro de 3 de janeiro, período correspondente a “Operação Boas Festas”, da Polícia Civil.
“Houve uma diminuição significativa de 55 homicídios em 2012 para 40 em 2013 em todo Mato Grosso do Sul”, destacou.
Mortes trágicas – Carmelo Borton Cairo, 44 anos, foi assassinado a facadas pelo filho Rodrigo Marques Cairo, 25 anos, na madrugada de ontem (1), na Vila Planalto. O autor retornava de uma festa quando iniciou uma briga com a esposa e um amigo. A vítima tentou encerrar a discussão, porém lutou com o jovem com pedaço de madeira e foi ferido fatalmente com uma faca por ele.
Poucos minutos antes, na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, Marco Aurélio Luiz Ferreira, 29 anos, perdeu o controle da direção e colidiu contra um poste, morrendo no local. Ele pilotava uma moto Honda Titan.
Em Sidrolândia, a 71 quilômetros da Capital, um jovem de 22 anos foi morto com um tiro na cabeça durante a festa de réveillon. Rafael Lopes Muniz era gesseiro e morava no Conjunto Buriti, em Campo Grande.
Ele foi assassinado após uma confusão por volta das 3h40 na festa popular na Praça Porfírio de Brito. Segundo a versão da família, Rafael foi morto após sair em defesa de uma mulher grávida que estava sendo agredida pelo marido. Após defendê-la, ele foi perseguido pelo assassino, que o executou do outro lado da avenida. O suspeito do crime, identificado como Ramãozinho, está foragido.
Amambaí, a 360 quilômetros da Capital, no interior de reserva indígena, Valdir Valdo Benitez, 19, ao atender a solicitação do capitão Italiano Vasquez, encontrou o corpo dentro de um poço desativado avançado estado de decomposição. O Corpo de Bombeiro retirou o corpo inúmeras perfurações no abdômem e na cabeça. O irmão reconheceu e contou que ele saiu de casa no dia 28, às 17h.