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Cidades

Uso obrigatório do cartão extingue função de cobrador

Redação | 24/02/2010 14:31

Com a unificação dos valores da tarifa cobrada para quem usa cartão e dinheiro. a Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo) também abriu prazo de seis meses para acabar com o uso de dinheiro no pagamento das passagens do transporte coletivo urbano em Campo Grande.

A partir de agosto, só será aceito o cartão como pagamento, medida anunciada para diminuir os assaltos e também uma forma de extinguir a função de cobrador de ônibus.

Hoje, os cobradores raramente são vistos nos coletivos. A função foi acumulada pelo motorista, que além de dirigir pelo trânsito da Capital, é responsável pelo troco das passagens pagas em dinheiro e também operar os elevadores para cadeirantes.

Os cobradores começaram a ser dispensados com a implantação do cartão eletrônico, em 2007. No início de 2009 foram demitidos 300 funcionários.

Ainda há 270 cobradores nos quadros da empresas, de acordo com a planilha de custos divulgada pela Agência de Regulação de Serviços Públicos na última terça-feira. Com a intenção de tornar obrigatório o uso do passe eletrônico, ainda não há definição sobre o que acontecerá com estes funcionários.

O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, disse que o uso do cartão não resultará em demissões dos cobradores.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo, Francisco Oliveira, comentou que as empresas e o sindicato estudam medidas para remanejar os cobradores, "eles podem ser remanejados para o setor administrativo ou mesmo de vendas".

Os cobradores também poderão ser promovidos à motorista, de acordo com Oliveira, "a empresa paga metade do curso de capacitação, mas o motorista tem de ter carteira D ou E". Oliveira contou que a promoção é benéfica, já que o salário de motorista é quase 40% maior que o de cobrador.

O sindicato diz que será contra qualquer demissão em decorrência do uso obrigatório do cartão e que fará trabalhos de conscientização nos bairros, para incentivar o uso, "com o fim do dinheiro nos ônibus, acaba a responsabilidade do motorista passar troco e ainda ter de ficar atento ao trânsito", ressaltou Oliveira.

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