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Cidades

Vacina contra Hepatite B já está nos postos para pessoas com até 49 anos

Bruno Chaves | 16/07/2013 11:38
A partir de agora, pessoas com até 49 anos podem ser vacinadas pelo SUS (Foto: Cleber Gellio)
A partir de agora, pessoas com até 49 anos podem ser vacinadas pelo SUS (Foto: Cleber Gellio)

O acesso à vacinação contra a hepatite B foi ampliado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (15). A partir de agora, pessoas com até 49 anos de idade poderão receber a vacina gratuitamente em qualquer posto de saúde do Estado. Cerca de 150 milhões de brasileiros (75,6% da população) serão beneficiados com a mudança. A vacina é a forma mais eficaz no combate a hepatite B e hepatite D.

Em 2012, apenas pessoas com até 29 anos eram vacinadas contra o vírus. Só no ano passado, de janeiro a dezembro, 170 pessoas adquiriram a doença em Mato Grosso do Sul, uma taxa de incidência de 6,79% por grupo de 100 mil habitantes. Em Campo Grande, 54 foram infectadas pelo vírus no mesmo período.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde de Mato Grosso do Sul, Bernadete Lewandowski, o Estado possui um estoque disponível de vacinas, fornecidas pelo Ministério da Saúde, para atender todos os municípios de Mato Grosso do Sul.

“Temos o Estoque Rede de Frio, onde ficam todos os nossos estoques de vacinas, de todos os tipos. Nós distribuímos para os 79 municípios de acordo com as necessidades de cada um. Com isso, conseguimos atender todas as cidades”, explica.

Mas para que a proteção seja garantida, a pessoa precisa tomar três doses da vacina. “Depois de 30 dias da primeira dose, a pessoa deve tomar a segunda. A terceira dose é aplicada seis meses após a primeira. Esse é um fator complicador, porque, muitas vezes, a pessoa só toma a primeira e não retorna”, conta Bernadete.

Na manhã desta terça-feira (16), o operador de máquinas Roberto da Silva, 41, procurou o Posto de Saúde do bairro Tiradentes, em Campo Grande, para se imunizar contra a doença. “Vim reforçar minha carteira de vacinação. Trabalho viajando para todas as regiões do Brasil, então é necessária a prevenção”, conta.

Além de Roberto, outros 25 colegas de trabalho também estavam no mesmo posto de saúde para tomarem vacinas. O auxiliar de bate estacas, José Antônio Lisboa da Silva, 30, foi um dos que colocaram a carteira de vacinação em dia. “Tomei vacinas da hepatite B, febre amarela e tríplice viral, para sarampo, caxumba e rubéola”, conta.

Em Mato Grosso do Sul, a incidência de hepatite B na população é considerada normal, dentro do padrão do Ministério da Saúde. Ainda segundo a diretora, é necessário lembrar que a vacinação contra a hepatite B está no calendário básico de vacinação do Estado. Com a carteira de vacinação, as pessoas podem procurar a rede de saúde de cada município para se imunizarem contra a doença.

Doença e Sintomas – A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível que ataca o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Estimativas do Ministério da Saúde apontam que 2,3 milhões de brasileiros são portadores das hepatites. Desses, 800 mil possuem a hepatite do tipo B e 1,5 milhão do tipo C.

Além de ser transmitida pelo sexo, a hepatite pode ser adquirida pelo contato com sangue e materiais cortantes contaminados, como alicate de unha.

Nem sempre a hepatite B apresenta sintomas. Quando aparecem, podem provocar cansaço, tontura ou ânsia de vômito. A pessoa pode levar anos para perceber que está doente. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado, por exemplo.

O teste, o tratamento e o acompanhamento das hepatites virais estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2012, foram distribuídos 759,2 mil testes rápidos para triagem de hepatite B. Outros 5,1 milhões de testes convencionais foram realizados no SUS.

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