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Cidades

Vestígio de sangue e testemunhas incriminam procurador

Redação | 04/03/2009 10:21

Vestígios de sangue no carro do procurador Carlos Alberto Zeolla, de 44 anos, um Fiesta dourado, e reconhecimento por seis testemunhas oculares, incluindo a anotação da placa do veículo por uma delas, foram o que levou a Polícia Civil a prendê-lo em flagrante pela morte de seu sobrinho, Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, de 23 anos.

A informação foi dada por delegados na manhã desta quarta-feira. O procurador foi autuado em flagrante às 20 horas de ontem, mas os trabalhos de investigação, que envolveram 5 delegados, se estenderam até a madrugada de hoje.

Foram ouvidas 14 testemunhas desde que Cláudio foi baleado, na manhã de ontem. O procurador nega ser o autor do disparo e está preso, provisoriamente, na Acadepol (Academia de Polícia Civil), sob escolta de policiais do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Seqüestros). Zeolla prestou depoimento até o final da noite de ontem, quando disse que já não tinha mais condições psicológicas de falar.

No carro do procurador foram encontrados vestígios de sangue, na porta traseira e lateral. Isso porque o tiro foi disparado muito próximo da vítima.

Dentre as testemunhas que confirmaram que foi ele quem atirou em Cláudio, está o adolescente que trabalha para o procurador, como serviços gerais. Dentre as várias funções que desempenhava para o procurador, ele também era seu motorista particular, apesar de ter 17 anos de idade. O adolescente disse que há cinco meses trabalhava para Zeolla e morava na casa dele. Além de dirigir, ele fazia os serviços de banco e, contou, dava até comida aos passarinhos.

O depoimento do adolescente foi dado na presença de sua mãe e do defensor público. Ele contou que se levantou ontem por volta de 6 horas foi à padaria comprar pão e às 6h30 tomou o café, na companhia do procurador. Depois entraram no carro e foram caminhar no Horto Florestal, onde ficaram por cerca de 30 minutos. De lá o procurador pediu para que o jovem seguisse para a rua Bahia, na esquina com a Pernambuco. O procurador mandou que ele ficasse com o carro estacionado.

Meia hora depois, conta o adolescente, Cláudio atravessou a rua, com sua bicicleta. Ele seguia para a academia, próximo da qual estava estacionado o carro do procurador. Quando o jovem subiu na calçada com a bicicleta, contou o adolescente, Zeolla mandou que o adolescente seguisse o jovem com o carro. Quando emparelhou, o procurador, que estava no banco traseiro, abriu a porta desceu e atirou, acertando a nuca de Cláudio. Na seqüência, disse o garoto, Zeolla voltou para o carro e falou: "dirige. Não do jeito que te ensinei, mas do jeito que você sabe", indicando que ele deveria acelerar.

Na seqüência fizeram o seguinte trajeto: entraram na rua Rio Grande do Sul, desceram até a Avenida Afonso Pena e entraram na Ceará. Depois seguiram em direção à saída para Três Lagoas. Quando chegaram próximo ao trilho do trem o garoto conta que viu o procurador abrindo o vidro. Em seguida ele mandou que o jovem voltasse. Há suspeitas de que nesse momento ele tenha jogado a arma

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