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Cidades

Vizinhança da PF convive com casos e 'causos' de dengue

Redação | 06/04/2010 18:11

Andando pelo bairro Lar do Trabalhador e conversando com moradores do residencial Flamingos é fácil conhecer uma história de gente que adoeceu ou amigos, parentes ou conhecidos que adquiriram dengue.

As casas e os apartamentos cercam a Superintendência Regional da Polícia Federal, autuada hoje pela prefeitura de Campo Grande após vistorias que detectaram condições favoráveis à proliferação do Aedes Aegypti.

"Aqui já é um foco antigo", explica o aposentado Cecílio da Silva, que mora em frente à superintendência. "Eu tive suspeita de dengue. Não sei se veio daí, mas acho que todo mundo deve cuidar do seu espaço", opina. Para ele, o local e outros pontos do bairro devem ser vistoriados com mais frequência.

"Uma cliente minha que mora no Flamingos está gestante de sete meses e ainda está de cama por causa da dengue", confirma Lourdes Benites, dona de um salão de beleza em frente ao residencial. Ela, porém, nunca pegou a doença.

Ricardo Pedrosa é morador do Flamingos e já ouviu falar de muitos casos no residencial. "Uma vizinha em frente eu sei que pegou mês passado. Tem também um senhor no primeiro andar que parece que ficou doente, era caso suspeito, não confirmou. A gente sempre ouve falar, mas eu não peguei", explica.

Com uma clientela formada por muitos moradores do residencial Flamingos, os mototaxistas Flávio pedra e Jorge da Silva Santos viram o movimento para o posto de saúde aumentar no mês passado.

"Pode ser, pode não ser. Não sei se tem relação com o prédio ali, mas vi um movimento grande de gente que precisou ir para o posto de saúde. Levamos muita gente, mas geralmente a gente não pergunta", explica Flávio.

Autuação - Em visita às instalações do prédio da Polícia federal, os agentes sanitários consideraram o local sujo, com acumulo de materiais inservíveis, próprios para a proliferação do mosquito. O pátio nos fundos é usado como depósito de materiais e veículos apreendidos.

A superintendência da Polícia Federal terá 10 dias para contestar a autuação, caso contrário pode ser multada por não manter as instalações e o terreno limpos. A instituição informou que ainda não foi comunicada pela prefeitura.

Outros sete pontos nos bairros Mata do Jacinto e Cophavilla II que não cumprem regras sanitárias também vão responder processo administrativo.

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