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Em Pauta

A velocidade da vacina russa gera dúvidas entre os cientistas

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/08/2020 07:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O Estado do Paraná poderá se tornar parceiro da Rússia na produção da vacina contra o novo coronavírus que está em fase final de testes. O Assunto deve ser tratado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior, nos próximos dias, com Sergey Akopov, Embaixador da Rússia no Brasil.
A Rússia quer converter-se no primeiro país a conseguir uma vacina contra a covid19. As autoridades estão pisando no acelerador e aspiram registrar uma das suas vacinas antes de 14 de agosto e começar a produzi-la em setembro. Se tudo correr conforme o planejado, os paranaenses teriam a vacina em aproximadamente dois meses?


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A vacina russa é eficaz e segura?

Os russos a estão chamando de sputnik. Quando o Ocidente não esperava, foram os primeiros a colocar uma cápsula voadora além da estratosfera terrestre, causando comoção mundial. Todavia, abácida russa gera dúvidas em muitos cientistas, que creem que o período de preparação é muito curto para que ela seja eficaz e segura. Até o momento, ao contrário das demais 6 vacinas em estágio avançado, a russa não publicou os resultados de seus ensaios.


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Os "voluntários" da pátria russa.

A vacina que o governo russo entende ser a mais viável foi provada em "voluntários" militares e em dois grupos de civis "voluntários" remunerados. Também foi testada nos cientistas que trabalham no programa. Esse tipo de prática, gerou um sonoro debate ético na Rússia e na comunidade científica internacional. O problema, que ninguém quer falar, é: administraram o vírus nesses tais voluntários? Se ocorreu, essa é uma prática inaceitável. Mas, por outro lado, as fontes oficiais do governo de Putin anunciaram que esses testes não geraram quaisquer problemas além dos esperados para qualquer vacina: vermelhidão no local da injeção e um pequeno resfriado.


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Testará no Paraná?

O próximo passo será a testagem em massa na Rússia, nos Emirados Árabes e na Arábia Saudita. Ainda não se sabe se vira para o Brasil. Essa vacina está sendo produzida pelo Instituto Gamaleya. Em comparação com as 6 outras vacinas mais adiantadas, essa russa entraria na fase III e não estaria apta a ser aplicada para toda a população. Há outra vacina russa menos famosa. O Centro de Investigação Vector de Novosibirsk está sendo prometida para outubro. A Rússia, com 145 milhões de habitantes, é o quarto país com mais casos de covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, Brasil e Índia, com mais de 14 mil mortos.


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As desconfianças internas.

O Instituto de Vacinas e Soros Mechnikov - estatal - viu, recentemente, Vitaly Zverev, seu diretor, ir a público afirmar: "Se estamos falando de um fármaco provado, eficaz , seguro e pronto para uma aplicação massiva, é possível [administrá-lo]". Também disse: "Essas pressas me assustam. Não se esta estudando a fundo sua eficácia e segurança". Ainda acrescenta: "Quem irá produzir essas grandes quantidades? Se requer uma base tecnológica muito séria". Zverev acredita que não haverá uma vacina antes do final do ano. A política vem suplantando a ciência em vários países. Talvez fosse interessante convocar os políticos para entrarem nos laboratórios e ver se conseguem produzir Novalgina.

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