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Em Pauta

EUA diz que não há perfil dos atiradores escolares

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/03/2019 07:00
EUA diz que não há perfil dos atiradores escolares

Os Estados Unidos tem uma longa lista de massacres e incidentes com armas de fogo em escolas. Columbine é o mais famoso, mas a lista é extensa, 1% dos homicídios na faixa de 5 a 18 anos acontece nas escolas norte americanas. A necessidade de evitar que as mortes ocorram no lugar que as crianças e jovens têm de frequentar todos os dias, e onde devem estar seguras, provocou uma parceria entre o Serviço Secreto dos EUA com a Secretaria de Educação. Um estudo aprofundado é longe do calor dos assassinatos. O estudo é taxativo: não existe um perfil padrão dos atiradores e também diz que é fundamental ouvir jovens e crianças, especialmente as que sofrem e cometem bullying. Outra informação desse estudo é de que as primeiras avaliações e relatos da imprensa, no momento da tragédia, sempre contem muitos erros.

EUA diz que não há perfil dos atiradores escolares

Os ataques não são impulsivos.

Uma das conclusões é a de que esses ataques em escolas não são impulsivos. Não acontecem em um momento de explosão de fúria. Começam com uma ideia. Depois, o atirador desenvolve um plano. Em seguida adquire a arma, seja de país, parentes , amigos ou roubando. Há um tempo de amadurecimento, uma semana, um mês ou até um ano. Um tempo decisivo que os professores e funcionários das escolas ou parentes, podem interferir e agir.

EUA diz que não há perfil dos atiradores escolares

Os professores sabiam que eles tinham problemas.

Outra descoberta foi que esses agressores não eram pessoas isoladas, eram conhecidas. Seus professores e parentes sabiam que tinham problemas e ninguém fez nada. E a descoberta fundamental: eles contaram a outros o pensavam fazer. Os adolescentes têm dificuldade de manter segredos. Também descobriram que, mesmo depois de contarem a outras pessoas que iam atirar e matar na escola, essas pessoas não contaram a mais ninguém, simplesmente não acreditaram.

EUA diz que não há perfil dos atiradores escolares

Todos os atiradores passaram por algum evento traumático.

"Vimos que passaram por algum evento traumático", diz o estudo. "E não se pode pensar nisso com a cabeça de um adulto e sim com a mentalidade de um jovem porque o que afeta um adolescente é muito diferente". Vejam que alguns perderam a namorada, mostra a lista das motivações, outros não conseguiram vaga na universidade, tiveram notas baixas, e nada menos de 75% dos atiradores atravessaram situações constantes de agressões na escola, tanto como vítimas ou como agressoras.

EUA diz que não há perfil dos atiradores escolares

Quase todos os atiradores eram homens, mas há mulheres.

O estudo dos norte americanos foi todo conduzido com atiradores homens. Era o que pensavam. Após o término, descobriram que estavam errados, que houve um caso de uma mulher, na Pensilvânia, e outras tentando assassinato em escolas da Califórnia.
Então, não há um perfil claro. É mais um problema de comportamento do que de aparência ou de característica. Há brancos, negros, asiáticos, indígenas. Como avem, o que falam o que fazem? Essas as indagações que devem ser observadas constantemente nas escolas. Esses jovens fizeram ameaças, falaram em atirar, desenharam cenas, tiveram atitudes violentas. Deram vários sinais...e foram ignorados.
Não é possível falar em doenças mentais, diz o relatório. "Não é nisso que devemos prestar atenção e sim nos comportamentos relacionados com atitudes violentas: a pessoa tem armas? Tem problemas com álcool e drogas? Tem feito ameaças? "
Essas pessoas devem ser acompanhadas. A maioria não tem país que os escutem.

EUA diz que não há perfil dos atiradores escolares

Enquanto isso, no MS há professor que não acredita em bullying.

Há anos as escolas do MS deixaram de oferecer esforços contra o bullying. Nada sabem. Nada fazem. São raras as exceções.
Visando compreender a violência juvenil nas escolas, a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul está realizando uma extensa pesquisa nas escolas.
Algumas delas colocam todo tipo de obstáculos para a realização da pesquisa, outras auxiliam. Mas a maior surpresa vem de alguns professores: acreditam piamente que não existe bullying. Para eles, não passa de brincadeira de jovens. Aplausos à UFMS.

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