Medicamentos emagrecedores são abandonados em menos de um ano
Ninguém abandona um milagre. Os fármacos emagrecedores tem sido qualificados insistentemente como milagrosos, todavia, sua taxa de abandono é alta. Um novo estudo apresentado na Reunião Anual da Associação para o Estudo da Diabetes, revela que pouco mais da metade dos adultos sem diabetes da Dinamarca o interrompeu em um prazo um pouco menor que um ano. É preocupante, pois eles não foram criados para serem usado para “colocar o biquíni” e largados a seguir.
77.000 adultos.
É verdade que a pesquisa foi realizada em um só país, mas a quantidade de pessoas que foram envolvidas no estudo lhe dá a força necessária para ser mundial. Transcorrido um ano, 52% dos usuários desse medicamento o tinham abandonado. A maior interrupção se deu entre os homens, os jovens e os moradores de bairros menos endinheirados. Um estudo similar, apenas com menos pessoas, foi realizado no Canadá e chegou às mesmas conclusões.
Parou? Parou porque?
Sem duvida, a primeira causa da interrupção é de ordem econômica. Todos esses medicamentos são caros. Alguns podem fazer o esforço de tomá-los por dois, três ou seis meses… e logo a seguir, o abandonam. Outro fator é a sensação constante de saciedade e de viver “empachado” em um mundo onde orbitamos na mesa e no bar. Em muitos casos, esses medicamentos tiram também a vontade de beber.
Efeitos secundários.
Por último, esses medicamentos são efetivos, mas tem efeitos secundários. Em muitos casos dão náuseas, dores de cabeça e moléstias intestinais. Isto sucede especialmente no principio do tratamento, ou quando os usuários os utilizam sem o acompanhamento médico, como se fossem inofensivos.
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