O beijo surgiu há 21 milhões de anos
O beijo é um grande mistério evolutivo. Esse gesto que implica juntar os lábios com outro indivíduo não parece ter nenhuma vantagem evolutiva, nem na reprodução ou na sobrevivência. E pode trazer problemas, ainda que raramente, como a transmissão de enfermidades. Todavia, a imensa maioria dos humanos - e muitas outras espécies animais - desfrutam imensamente em fazê-lo. Há séculos inspira poemas, canções, pinturas ou filmes. Agora, um estudo da Universidade de Oxford colocou data do primeiro beijo. Os cientistas dizem que tudo começou há 21 milhões de anos.
Macacos beijoqueiros.
O estudo descobriu que esta conduta evoluiu nos ancestrais comuns dos humanos com os grandes macacos, e que os neandertais se beijavam, com uma probabilidade de cerca de 84%. A descoberta foi publicada na revista cientifica “Evolution and Human Behavior”. Revela que, longe de ser uma invenção cultural humana recente, o beijo é uma característica antiga profundamente arraigada em nossa biologia.
Do bonobo ao humano.
Os estudiosos mostraram dados científicos sobre quais espécies de macacos modernos tem sido observado beijando-se. Os resultados mostram que os chimpanzés, bonobos e orangotangos são beijoqueiros. Fora dos macacos, o beijo tem sido documentado entre ursos polares, lobos e algumas espécies de aves. Mas há diferenças entre beijos. O beijo bonobo é sensual. O do chimpanzé é breve e tenso. A inteligência artificial permitiu aos cientistas executarem 10 milhões de vezes os testes para dar estimativas sólidas.
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