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Em Pauta

Um bilhão de mulheres podem entrar no mercado de trabalho

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/01/2014 08:15
Um bilhão de mulheres podem entrar no mercado de trabalho

Esta seria uma legião de mulheres capazes de mudar os rumos da economia global

O exemplo começa no Japão. O primeiro-ministro Shinzo Abe decidiu enfrentar um desafio que derrotou seus antecessores: colocar a terceira maior economia do mundo de volta no caminho do crescimento. Abe chegou ao poder disposto a virar o jogo, adotando uma política econômica que logo seria apelidada por uma corruptela de seu nome – “abenomics”. Para incentivar a economia, o plano prevê estímulos fiscais massivos, flexibilidade monetária agressiva e reformas estruturais que ampliem a competitividade do país. Até aí, nenhuma novidade. São medidas recorrentes em muitos países. O grande diferencial na proposta econômica de Shinzo Abe está na abertura de 250 mil vagas para crianças em creches, para possibilitar mães no trabalho. No Japão, enquanto 83% dos homens fazem parte da força de trabalho, menos de 50% das mulheres está nas mesmas condições – uma das taxas mais baixas entre os países desenvolvidos.

Em algumas partes do mundo, os últimos dez anos se revelaram um período de avanços significativos na inserção das mulheres na economia. A América Latina é um exemplo. A região obteve a maior redução na diferença entre os níveis de ocupação feminino e masculino. Segundo a OIT, cerca de 49% das mulheres da região trabalham, enquanto a taxa para os homens latino-americanos é de 75%. A diferença de 26%, ainda é elevada – é maior que a média mundial e fica atrás apenas do Oriente Médio, norte da África e sul da Ásia.

Um bilhão de mulheres podem entrar no mercado de trabalho

No Brasil, o hiato da ocupação de 23%, é um pouco menor que no resto do continente

Desde 1960, o número de filhos caiu de mais de 6 para menos de 2, um estímulo e tanto para as mulheres arrumarem empregos. O Banco Mundial calcula que a renda das mulheres foi responsável por 30% da redução da pobreza extrema na região na última década, enquanto os homens responderam por 39%.

Apesar do avanço quantitativo, persiste a falta de qualidade no trabalho feminino no país. Quase um quinto das brasileiras que trabalham atua como empregada doméstica. Para o bem da economia mundial é bom que as mulheres recebam a atenção que merecem.

Um bilhão de mulheres podem entrar no mercado de trabalho

As mulheres e o teto de vidro

A predominância de empregos pouco valorizados explica em parte as diferenças de remuneração entre homens e mulheres, embora não esclareça totalmente a questão. Em média, as brasileiras recebem por hora trabalhada o equivalente a 84% do que os homens ganham. E preocupa o fato de que essa distância aumenta quanto maior é o nível educacional: as mulheres que estudaram 12 anos ou mais recebem salários equivalentes a 66% da remuneração dos homens de mesma escolaridade.

O fenômeno, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) está relacionado ao que os estudiosos costumam chamar de “teto de vidro” – espécie de limite velado de ascensão profissional imposto às mulheres em razão dos potenciais “inconvenientes” que podem causar aos empregadores, como o afastamento do trabalho por causa da maternidade. Para estimular a participação das mulheres no mercado de trabalho, é preciso também investir em programas de capacitação, aumentar a oferta de creches de qualidade e ampliar as oportunidades para que as pessoas possam gozar os benefícios das licenças maternidade e paternidade.

Um bilhão de mulheres podem entrar no mercado de trabalho
Um bilhão de mulheres podem entrar no mercado de trabalho

Quase uma obra de arte – as garrafas e embalagens das bebidas de alto padrão

“Imagem não é nada, sede é tudo”. Quem tem mais de 30 anos de idade talvez recorde de um bem sucedido slogan de uma marca de refrigerantes nos anos 1990. O objetivo embutido na frase era se diferenciar de outras empresas que investiam no conceito de merchandising. Duas décadas depois, o movimento de empresas de bebidas de alto padrão nega o que propunha aquela campanha. A ordem agora é apostar na imagem, desta vez de suas garrafas. Para uma nova classe de consumidores, uma embalagem bem desenhada ou um recipiente feito de materiais nobres, como o cristal, são tão importantes quanto o líquido que envasam.

A edição limitada Dom Pérignon by Jeff Koons, a garrafa do conhaque LÓr de Jean Martell, a Evian de água mineral e a Chandon de espumantes montaram parcerias com artistas plásticos para que a estética dos produtos atraiam mais do que produto em si. Entendem que o consumidor é curioso, está sempre procurando novidades e também que essas belas garrafas e embalagens podem compor a decoração da casa.

A mais cobiçada é a do conhaque Louis XIII Rare Cask, adormecido por 100 anos em barris especiais. A garrafa é de cristais Baccarat negro e detalhes de ouro. São lindas, quase uma obra de arte, mas o preço é estratosférico – uma só garrafa custa 18 mil euros.

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